As bombas lançadas por torcedores do Atlético-MG no gramado da Arena MRV atingiram fotojornalistas que estavam na cobertura da final da Copa do Brasil neste domingo (10).
Um dos artefatos explodiu próxima do fotógrafo Nuremberg José Maria logo após o gol do Flamengo, marcado por Gonzalo Plata. O profissional teve três dedos quebrados, rompeu tendões e precisou passar por cirurgia no Hospital João XXIII.
De acordo com o ‘UOL Esportes’, outra bomba caiu embaixo de uma cadeira utilizada pelo fotojornalista Fred Magno, do ‘O Tempo’. Câmera, lentes e notebook do profissional acabaram molhando com a explosão.
A Arfoc-MG (Associação dos Repórteres Cinematográficos de Minas Gerais) lamentou o acontecido em nota oficial divulgada. A associação também cobrou o Atlético-MG e a Arena MRV.
“A Arfoc-MG presta solidariedade a todos os seus associados e demais profissionais de imprensa atingidos pelos atos violentos promovidos pelos vândalos travestidos de torcedores do Atlético-MG e cobra a Arena MRV e o Atlético-MG medidas que assegurem e preservem a integridade física de seus associados, bem como de seus equipamentos”, diz a associação.
Um torcedor do Atlético-MG xingou e tentou agredir a jornalista Isabelle Costa, setorista do Flamengo. A própria jornalista filmou o momento e publicou nas redes sociais.
Confira a íntegra da nota da Arfoc-MG
“A Arfoc-MG (Associação dos Repórteres Cinematográficos de Minas Gerais) vem a público expressar seu veementemente repúdio aos acontecimentos na Arena MRV durante a partida entre Atlético-MG e Flamengo, válida pela final da Copa do Brasil.
Mais uma vez os fotógrafos e todos os demais profissionais de imprensa (repórteres e cinegrafistas) que estavam trabalhando neste jogo se viram vítimas de atos violentos e covardes dos torcedores do Atlético-MG. Todos, sem exceção, tiveram a integridade física ameaçada. Inclusive os seguranças do estádio que estavam para fazer a segurança.
Os associados da Arfoc-MG e Arfoc-RJ e os demais profissionais de imprensa foram atingidos por bombas, copos de cerveja, refrigerante e água, lançados por torcedores. Sendo que um dos associados teve o banco quebrado por causa da explosão da bomba e equipamentos molhados. Outros fotógrafos também relataram a mesma situação.
O caso mais grave foi de um fotógrafo que foi atingido por uma bomba que explodiu debaixo do seu pé. Teve que ser socorrido e levado para o Hospital João XXIII, onde passou por cirurgia, pois teve três dedos quebrados, rompimentos de tendões e corte no pé.
A Arfoc-MG já havia relatados problemas desta natureza à administração da Arena MRV, onde foram acertados que medidas de segurança seriam implementadas. Se foram, não são suficientes.
Enfim, a Arfoc-MG presta solidariedade a todos os seus associados e demais profissionais de imprensa atingidos pelos atos violentos promovidos pelos vândalos travestidos de torcedores do Atlético-MG e cobra a Arena MRV e o Atlético-MG medidas que assegurem e preservem a integridade física de seus associados, bem como de seus equipamentos.”
Crédito imagem: Dhavid Normando/Folhapress
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