A Groenlândia, maior ilha do planeta e território autônomo da Dinamarca, conhecida por suas paisagens geladas, teve seu pedido de adesão oficial às competições de seleções negado pela Concacaf. A confederação, responsável por organizar o futebol na América do Norte, Central e Caribe, rejeitou por unanimidade a solicitação da federação groenlandesa, frustrando as expectativas dos cerca de 57 mil habitantes da ilha, dos 76 clubes locais e dos 5.500 jogadores registrados.
De acordo com o jornal português A Bola, a decisão foi anunciada durante um congresso da Concacaf e formalizada por meio de um comunicado que alegava uma “análise detalhada” e o respeito aos estatutos da entidade como fundamentos para a negativa.
Embora situada geograficamente na América do Norte, a Groenlândia está politicamente ligada à Dinamarca e tem status semelhante ao das Ilhas Faroé, que são membros tanto da UEFA quanto da FIFA. No entanto, uma norma da UEFA, adotada após a aceitação das Ilhas Faroé, estabelece que novos membros devem ser países reconhecidos pela ONU, critério que a Groenlândia não cumpre.
Curiosamente, a Concacaf já aceita territórios não soberanos e fora da FIFA, como Bonaire, Sint Maarten, Guiana Francesa, Guadalupe, Martinica e Saint Martin. Mesmo assim, a Groenlândia não obteve sucesso em sua tentativa de ingressar.
Além das barreiras políticas e administrativas, o desenvolvimento do futebol no território enfrenta obstáculos climáticos severos. Com apenas cinco meses ao ano adequados para atividades ao ar livre e a impossibilidade de cultivar gramados naturais devido ao inverno extremo, as partidas ocorrem, em geral, em campos de terra batida ou com grama sintética.
Crédito imagem: Reprodução/X