O mesa-tenista Hugo Calderano conquistou um feito inédito no último domingo (20) ao vencer a Copa do Mundo de Tênis de Mesa de 2025, realizada em Macau, na China. Na final, o brasileiro derrotou Lin Shidong, número 1 do mundo, por 4 sets a 1, tornando-se o primeiro atleta de fora da Ásia ou Europa a conquistar o título da competição.
O título inédito fez Calderano subir para a terceira posição no ranking mundial, igualando sua melhor marca na carreira.
“É uma loucura falar sobre isso. Antes de começar a competição, não imaginava vencer os melhores do mundo. É uma loucura para mim colocar meu nome na história do tênis de mesa mundial”, disse Calderano na zona mista da Arena de Macau.
A conquista histórica rendeu elogios de diversas personalidades brasileiras, entre elas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que aproveitou para destacar a importância do programa Bolsa Atleta na trajetória do mesa-tenista.
“Muito feliz com o feito inédito do Hugo Calderano em Macau, na Copa do Mundo de Tênis de Mesa. Num torneio com 48 dos melhores competidores internacionais, o brasileiro levou pela primeira vez um jogador das Américas à decisão e ao título ao vencer, neste domingo de Páscoa, o chinês Lin Shidong, número 1 do ranking mundial. Desempenho incrível do atleta top 5 do mundo que há quase 15 anos tem o apoio do Bolsa Atleta do Governo Federal”, escreveu o presidente em uma publicação no X.
O Bolsa Atleta é um programa do governo federal, gerido pelo Ministério do Esporte, que desde 2005 apoia financeiramente atletas de alto desempenho, em modalidades olímpicas, paralímpicas e surdolímpicas, que obtêm bons resultados em competições nacionais e internacionais.
O programa visa dar suporte ao desenvolvimento da carreira dos atletas. Segundo o governo federal, o programa garante “condições mínimas” para que os profissionais se dediquem, com “exclusividade e tranquilidade”, aos treinamentos e competições. O valor mensal varia de R$ 410 a R$ 16.629, conforme a categoria do esportista.
“O Bolsa Atleta é uma iniciativa fundamental para o desenvolvimento do esporte no Brasil. Muitas modalidades ainda carecem dos recursos e investimentos necessários. O programa possibilita que os atletas deem continuidade às suas carreiras, ao passo que permite o surgimento de novos talentos, o que tende a contribuir para o desempenho esportivo do país”, afirma Vanessa Pires, CEO e fundadora da Brada, plataforma que conecta investidores a projetos de impacto positivo.
Ana Mizutori, especialista em direito desportivo, destaca que o programa é fundamental para o desenvolvimento dos atletas.
“O Bolsa Atleta é fundamental porque garante aos atletas condições básicas para treinar e competir, funcionando como uma fonte de sustento que viabiliza a continuidade da carreira esportiva, especialmente nas modalidades de menor visibilidade e patrocínio”, diz a advogada sócia na AK Direito na Comunicação e no Esporte.
Há seis categorias de bolsa oferecidas pelo Ministério do Esporte: atleta de base, estudantil, nacional, internacional, olímpico/paralímpico/surdolímpico e pódio.
Para ser contemplado, o atleta deve atender a alguns critérios, como ser maior de 14 anos, estar vinculado a um clube esportivo, ser filiado à entidade de administração de sua modalidade tanto em nível estadual quanto nacional e ter participado de competição no ano imediatamente anterior àquele em que está pleiteando a bolsa, dentre outros.
Em 2024, o programa chegou ao recorde de beneficiados: 9.075 atletas. A Atleta Nacional é a maior categoria, com quase 6.000 atletas que recebem uma bolsa mensal de R$ 1.025.
“O Bolsa Atleta, aliado às leis de incentivo, permite que empresas e pessoas físicas apoiem atletas com isenção no Imposto de Renda. Esses recursos são essenciais para que eles possam treinar, competir e evoluir. Juntas, essas iniciativas fortalecem o esporte nacional e impulsionam novos talentos”, finaliza Cleverson Dutra, coordenador de projetos esportivos da Criape, companhia que executa iniciativas por meio das Leis de Incentivo Fiscal.
Crédito imagem: ITTF/Divulgação
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