O império Red Bull no futebol: entre a estratégia e a revolução

Poucas marcas no mundo entenderam tão bem a força simbólica do futebol quanto a Red Bull. Se antes ela era apenas uma gigante no universo das bebidas energéticas, hoje ela é também protagonista de uma das mais ousadas revoluções no esporte mundial.

A fórmula é simples, mas executada com precisão cirúrgica: aquisição de clubes, formação de talentos, jogo ofensivo e integração de projetos em escala global. E assim, de forma silenciosa e calculada, a Red Bull criou um império.

Tudo começou em 2005, com o Red Bull Salzburg na Áustria. Em seguida, a marca ousou sonhar mais alto: fundou o RB Leipzig na Alemanha, clube que escalou da quinta divisão à Bundesliga em tempo recorde, incomodando os gigantes tradicionais. E não parou: comprou o New York Red Bulls nos Estados Unidos, fundiu-se ao Clube Atlético Bragantino no Brasil (nascendo o Red Bull Bragantino) e, mais recentemente, investiu no Paris FC na França, no Leeds United na Inglaterra e entrou também no Japão com o Red Bull Omiya Ardija.

A filosofia? Clareza absoluta: jogo vertical, intenso, ofensivo, revelação de talentos e gestão empresarial. O futebol visto como produto de alto rendimento — sem abrir mão do espetáculo.

O Brasil, por sua vez, virou peça-chave nesse projeto global. Com o Red Bull Bragantino, a empresa fincou sua bandeira na Série A do Campeonato Brasileiro, apostando em formação de atletas e construção de uma estrutura de primeiro mundo, como o novo Centro de Treinamento em Bragança Paulista.

Mais recentemente, o projeto ganhou reforço de peso: Jürgen Klopp, ícone do futebol europeu, foi anunciado como Diretor Global de Futebol da Red Bull. A ideia é ainda mais ambiciosa: padronizar a filosofia esportiva, aprimorar a transição de talentos e consolidar a marca como referência mundial.

O projeto Red Bull desperta admiração, mas também provoca debates importantes: até onde vai o limite entre paixão e gestão empresarial no futebol? O jogo ainda é dos torcedores ou está se tornando apenas mais um produto de vitrine?

Uma coisa é certa: enquanto muitos clubes históricos agonizam presos a velhas práticas, a Red Bull acelera sem olhar para trás.

E o futuro? Talvez tenha asas.

Crédito imagem: Red Bull/Divulgação

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