O Crystal Palace está prestes a ficar de fora da próxima edição da Liga Europa. Os empresários John Textor e David Blitzer, acionistas do clube, propuseram transferir suas participações para um fundo cego, mas a Uefa recusou a proposta. A iniciativa foi motivada pelo fato de ambos também serem donos do Lyon, da França, que garantiu vaga no torneio. As regras da entidade proíbem que dois clubes sob o controle dos mesmos proprietários disputem uma mesma competição europeia.
A proposta previa que as ações dos sócios fossem colocadas sob administração independente na próxima temporada, prática conhecida como fundo cego, para que o Palace pudesse participar da Liga Europa. No entanto, a Uefa rejeitou a alternativa durante uma reunião na última terça-feira, conforme reportado pelo jornal britânico The Guardian.
Esse modelo já foi aceito em situações semelhantes, envolvendo o Manchester City (dono do Girona) e o Manchester United (relacionado ao Nice), mas, no caso do Crystal Palace, a proposta esbarrou em uma questão de prazo: qualquer mudança no controle acionário precisa estar concluída até 1º de março para valer na temporada seguinte. Como o clube não esperava conquistar uma vaga em competições europeias, não tomou providências a tempo.
Segundo o regulamento da Uefa, “ninguém pode exercer influência, em qualquer função, sobre a gestão, administração ou desempenho esportivo de mais de um clube participante de competições organizadas pela entidade.”
A classificação do Palace para a Liga Europa veio com a vitória por 1 a 0 sobre o Manchester City na final da FA Cup. Ainda assim, a Uefa foi categórica ao informar que não abrirá exceções no caso.
John Textor, que também comanda o Botafogo no Brasil, já declarou a intenção de vender sua participação de 45% no Crystal Palace. No entanto, de acordo com o The Guardian, ele não acredita que conseguirá fechar a venda antes do sorteio da fase preliminar da Liga Europa, marcado para 17 de junho.
Crédito imagem: Robin Jones/Getty Images
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