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A “culpa” é das estrelas

O Jogo das Estrelas da NBA vem sendo severamente criticado nos últimos anos. O motivo? A percepção de que haveria uma baixa competitividade entre os atletas, pouco dispostos a defender e receosos de sofrerem alguma lesão em uma disputa que, em tese, “não vale nada”.

A liga até alterou o formato do final de semana para tentar endereçar a questão. Para 2025, seguindo um modelo similar àquele utilizado no nosso NBB, a NBA introduziu um formato de mini-torneio.

Serão quatro times com oito jogadores cada. Três das equipes serão constituídas pelos 24 atletas selecionados para o evento, enquanto a quarta equipe terá os vencedores do Rising Stars Challenge, que reúne novatos e talentos da G League.

A composição dos times foi definida pelos analistas do tradicional programa Inside the NBA, da TNT. Coube a Charles Barkley, Shaquille O’Neal e Kenny Smith, portanto, agrupar os atletas de uma maneira relativamente lógica.

Na primeira fase, as quatro equipes disputarão as semifinais e os vencedores avançarão para a grande final no domingo, dia 16/02.

Novo formato à parte, o NBA All-Star Game 2025 promete ser marcante por outro motivo: é possível (para não dizer provável) que esta seja a última edição que reunirá três dos maiores ícones do basquete: LeBron James, Stephen Curry e Kevin Durant. E eles estarão na mesma equipe, o Team Shaq, selecionados por outra lenda da NBA, o tricampeão Shaquille O’Neal.

Não é por acaso que LeBron, Curry e Durant foram personagens de vários textos em nossa coluna. Além das conquistas dentro de quadra, o trio se destaca também pela sólida presença no mundo dos negócios.

LeBron James construiu um império empresarial bem diversificado, que fez dele o primeiro jogador de basquete a se tornar bilionário ainda em atividade. Seus principais acordos comerciais incluem uma parceria vitalícia com a Nike e colaborações com a Coca-Cola, a Kia Motors e a Samsung Eletronics.

Dois outros contratos de LeBron, especificamente, foram abordados em nossos textos: com a Beats by Dre, naquele que é um dos mais emblemáticos casos de marketing de emboscada da história dos esportes, e com a DraftKings, gigante das apostas esportivas. Vale a leitura!

O portfólio de LeBron inclui, ainda, uma rede de pizzarias (Blaze Pizza) e, por meio do Fenway Sports Group, a copropriedade indireta de dois dos mais conhecidos clubes de futebol do mundo, o Liverpool e o Milan.

Para completar, o maior pontuador da história da NBA é um dos fundadores da SpringHill Company, produtora de conteúdo que está por trás de projetos como o programa The Shop: Uninterrupted, da HBO, e Space Jam: A New Legacy, sequência do clássico dos cinemas estrelado por Michael Jordan e Pernalonga em 1996.

Stephen Curry é, atualmente, o jogador mais bem pago da NBA, com ganhos estimados em US$ 155,8 milhões na temporada 2024-25, combinando salário e patrocínios.

Os acordos comerciais do maior arremessador que já existiu incluem uma parceria vitalícia com a Under Armour e acordos com gigantes como JPMorgan Chase, Panini e Fanatics.

Assim como LeBron, Curry fundou uma produtora de conteúdo (Unanimous Media), além de possuir investimentos em startups e iniciativas de tecnologia.

O currículo de Kevin Durant fora das quadras é igualmente impressionante. Com ganhos estimados em US$ 97,9 milhões na atual temporada, ele é um dos atletas a possuir uma linha personalizada de tênis da Nike, que se soma à Beats by Dre e à American Family Insurance como grandes parceiras do ídolo.

Por meio da Thirty Five Ventures, uma empresa de capital de risco que investe em diversas startups e projetos de mídia, Durant é bastante ativo no mercado.

No próximo domingo, e sem entrar no dilema da (pouca) competitividade do All-Star Game, a esperança é que LeBron, Curry e Durant repitam, juntos, um pouco do que o mundo viu nos Jogos Olímpicos de Paris: o basquete no mais alto nível de excelência.

Na nossa (possível/provável) última chance de acompanhar, lado a lado, aqueles que, junto com Kobe Bryant, foram os responsáveis por dar rosto e personalidade ao basquete no século XXI, desfrutemos!

Se a NBA e o esporte da bola laranja são o que são em nossos tempos, a “culpa” é de LeBron, Curry e Durant. A “culpa” é das estrelas.

Crédito imagem: Ilustração de Michael Domine/The Washington Post/Getty e AP

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