O último sábado foi marcado pela final da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 2020, uma das principais competições para atletas com até 20 anos de idade, no Brasil. Na sua 50ª edição, teve a inédita disputa entre a dupla Grenal, que teve o Internacional como equipe vitoriosa. É a quinta conquista da equipe colorada.
A principal vitrine das categorias de base dos clubes no país, a Copinha, como também é chamada, teve origem em 1969, quando a prefeitura de São Paulo criou uma competição para os jovens atletas apenas para clubes do estado de SP. Depois de 1971 o campeonato passou a ter clubes do Brasil todo.
No fim das contas, não foi só o Inter que saiu da competição ganhando, pois todos os clubes que participam acabam potencializando e apresentando, para o mundo todo, os seus talentos e os futuros craques do futebol.
As equipes do futebol veem investindo pesado em suas categorias de base, pensando, não só na valorização da própria entidade ou no financeiro mas também sobre os aspectos sociais e desportivos, claro.
As categorias de base se tornaram uma importantes fonte recurso para os clubes brasileiros. Os jovens talentos vem sendo uma boa estratégia para aproveitar os bons recursos que tem em casa, evitando novas contratações desnecessárias e, quando o atleta profissional é vendido, também trazem indenizações importantes, sendo eles imediatos e mediatos.
Recursos imediatos e mediatos, Imediatos, pois quando vendidos, geram uma injeção de dinheiro no ato de suas saídas e mediatos, em todas as demais vezes que os jogadores forem negociados e devidamente transferidos para um novo clube.
Essa regra, prevista nos artigos 20 e 21 do Regulations for the status and transfers of players da FIFA e nos artigos 57 e 58 do Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas de Futebol da CBF, visa incentivar clubes a investir cada vez mais em seus jovens talentos. A construção é chamada de MECANISMO DE SOLIDARIEDADE.
A FIFA e a CBF, em seus regulamentos, preveem que quando um jogador de futebol for transferido antes do término do contrato, qualquer clube que tenha contribuído para a educação e formação desse profissional dos 12 aos 23 anos de idade, receberá um percentual dessa transferência. Esse percentual, nas duas instituições, é de 5%. A Lei Pelé prevê, no artigo 29-A, o mecanismo aos clubes formadores.
Portanto, seja por exigência legal, pelo aspecto financeiro ou pelos benefícios esportivos, as categorias de base são importante para o futuro do nosso futebol.