Apesar do rebaixamento para a Série B do Campeonato Brasileiro, o Atlético-GO encerra o ano com uma importante conquista fora de campo. Neste mês, o Dragão conseguiu quitar todo o seu passivo trabalhista, algo próximo de R$ 15 milhões, relativo à 58 processos reunidos nos últimos oito anos.
Em entrevista para à Sagres, o advogado do Atlético-GO, Paulo Henrique Pinheiro, ressaltou que “um dos grandes gargalos de qualquer clube de futebol é seu passivo trabalhista” e explicou como o Dragão conseguiu sanar as dívidas nesse sentido.
“O Atlético-GO avançou bastante na medida que conseguiu aqui no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) unificar todas as suas execuções trabalhistas no Plano Especial de Pagamento Trabalhista (PEPT). Isso fez com que o clube conseguisse destinar um determinado valor de sua receita para esse plano, passasse a negociar com todos os seus credores e evitou que houvesse qualquer tipo de bloqueio em suas receitas”, contou.
O advogado destacou também a importância de estar saneado para a próxima temporada, onde o Atlético-GO sofrerá com uma queda brusca nas receitas devido o rebaixamento.
“O Atlético-GO inaugura, dentro dos clubes que estão em franca evolução, uma nova era do futebol brasileiro porque agora consegue sanear um passivo que até então era alto e vai disputar a Série B sem se preocupar em quitar débitos nesse sentido. É uma grande vitória de toda a diretoria do clube”, afirmou.
Adson Batista, presidente do Atlético-GO, valorizou a conquista.
“É um feito inédito. O Atlético-GO é hoje um dos poucos clubes do Brasil que não tem dívidas, isso marca o nosso legado. Nós entramos aqui um clube totalmente sem estrutura, com dívidas até na ‘alma’, porque as pessoas nunca preocuparam em recolher impostos. Hoje é um clube totalmente saneado, com responsabilidade e honestidade. Estou com muito orgulho de ter conseguido atingir essa meta”, destacou o dirigente.
Crédito imagem: Burno Corsino
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