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Campeão mundial com a Inglaterra apoia proibir crianças de jogarem futebol para evitarem o desenvolvimento de demência no futuro

O ex-jogador da seleção inglesa e campeão do mundo em 1966, Geoff Hurst, disse em entrevista ao Daily Mirror, que apoia a proibição de crianças jogarem futebol após o diagnóstico de demência como causa morte de seus companheiros vencedores da Copa do Mundo.

No começo do mês, a família de um dos maiores jogadores da história da Inglaterra revelou que Sir Bobby Charlton, 83, está com demência. Recentemente, o também campeão mundial com a Inglaterra Nobby Stiles, 78, morreu vítima de demência. Em julho deste ano, Jack Charlton, 85, outro campeão da Copa do Mundo de 1966, e irmão de Bobby Charlton, morreu e também havia sido diagnosticado com a doença.

O Lei em Campo já contou sobre como os novos casos mostram que o futebol tem que cuidar melhor das concussões.

As descobertas contidas no estudo de campo, financiando pela Football Association (FA) e pela Associação de Futebolistas Profissionais, publicado no ano passado mostraram que os jogadores de futebol correm um risco significativamente maior de desenvolver uma variedade de doenças neurodegenerativas em comparação com a população em geral.

Hurst disse acreditar que cabeceios regulares em jogos e treinamentos contribuíram para que um grande número de jogadores daquela época acabasse desenvolvendo Alzheimer.

“Parece haver um determinado grupo de pessoas que estava sofrendo. Em meus dias de treinos no West Ham, tínhamos uma bola pendurada no teto e ficávamos cabeceando por 20 minutos sem parar”, disse o ex-jogador.

O campeão inglês disse que proibir as crianças de cabecear a bola “seria uma sugestão muito forte e sensata”.

“Acho que parar nessa idade, quando o cérebro ainda não amadureceu, deve ser considerado. Não acho que isso destruiria o prazer do futebol infantil ou do futebol de base”, afirmou Hurst.

Seus comentários foram feitos justamente no momento que a FA disse que tem um “compromisso claro e inabalável” com a batalha contra a demência, depois que a família de Nobby Stiles não conseguiu “resolver o escândalo” da doença no jogo.

Na terça-feira, familires do ex-jogador emitiram um comunicado, que dizia que havia “uma necessidade de ação urgente” e que os jogadores mais velhos “foram amplamente esquecidos”, com muito deles com problemas de saúde. A FA afirma que é necessária mais colaboração entre os órgãos dirigentes do futebol para ajudar a compreender melhor a questão.

“A demência é uma doença debilitante em toda a sociedade, o que representa um fardo emocional e físico extraordinário para as pessoas que vivem com demência, suas famílias e pessoas próximas a elas. A FA ajudou a liderar o caminho em pesquisas inovadoras sobre as ligações entre o futebol e temos um compromisso claro e inabalável, tanto financeiro quanto com recursos, para apoiar pesquisas objetivas, robustas e completas no futuro. Está será uma área de trabalho fundamental da estratégia 2020-2024 da FA, pois reconhecemos a importância desse tema”, disse a federação inglesa em nota.

Questionado, o técnico da seleção inglesa, Gareth Southgate, enfatizou a importância de continuar as pesquisas sobre o assunto.

“Não queremos que nenhum risco seja assumido e haverá pesquisas em andamento, tenho certeza. Eu acho que em termos do que está acontecendo a pesquisa continua e eu sei que o estudo inicial levantou certas observações e há um desejo de olhar para outros grupos que jogaram no passado e obter uma melhor compreensão do que os estudos iniciais levantaram”, finalizou Southgate.

Crédito imagem: PA

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