Nesta segunda-feira (3), a prefeitura de Paris anunciou que não organizará eventos na cidade para transmissões de jogos da Copa do Mundo 2022. A medida faz parte de um protesto contra a escolha do Catar como país sede da competição e acompanha outras cidades francesas como Lille, Estrasburgo, Reims, Bordeaux e Marselha. A informação foi divulgada pelo ‘ge’.
Em entrevista à ‘AFP’, o secretário de esportes de Paris, Pierre Rabadan, disse que a decisão se dá pelas “condições da organização do Mundial, tanto na vertente ambiental como social”.
Já o prefeito de Bordeaux, Pierre Hurmic, justificou que caso ele permitisse transmissões dos jogos em áreas públicas na cidade se sentiria cúmplice com as violações de direitos humanos no Catar.
“Comprometidos com os valores do compartilhamento, da solidariedade no esporte e da construção de um lugar mais sustentável, não podemos contribuir para a promoção da Copa do Mundo de 2022 no Catar, que se tornou um desastre humano e ambiental”, disse Hurmic.
A violação dos direitos humanos no Catar é um assunto que gera grandes discussões. De acordo com a ONG Anistia Internacional, foram cometidos abusos trabalhistas durante a construção dos estádios para a Copa do Mundo, com milhares de trabalhadores imigrantes ficando meses sem receber salários.
Um levantamento feito pelo jornal britânico ‘The Guardian’ aponta que mais de seis mil pessoas morreram direta ou indiretamente nas obras para o Mundial desde 2010, ano em que o Catar foi escolhido como sede.
Crédito imagem: Getty Images
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