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Documento assinado pelo Boca pode complicar vida do time na busca pelo título da Libertadores no Tribunal

No sábado, no horário marcado para começar a final da Libertadores entre River Plate e Boca Juniors, os presidentes dos dois clubes, Rodolfo D’Onofrio e Daniel Angelici, respectivamente, junto com o mandatário da Conmebol Alejandro Domínguez, escreviam uma carta mudando o horário da decisão para o dia seguinte.

No documento assinado pelos dirigentes, ficou definido que o “ônibus do Boca Juniors, a poucos metros de entrar no cordão de segurança do estádio do River Plate, foi atingido por uma pedra”.

Essa frase pode dificultar a tentativa do clube xeneize de conseguir o título da Libertadores no Tribunal. Para ser declarado campeão, o Boca se baseou no art. 18 do Código Disciplinar da Conmebol, que tem a perda de pontos como uma das punições disciplinares por um incidente que afeta a delegação visitante.

O clube quer que seja aplicado ao River a mesma sanção que o Boca sofreu em 2015. Na ocasião, em confronto pelas oitavas de final da Libertadores, na Bombonera, torcedores do Boca usaram gás de pimenta no túnel de acesso ao vestiário do River no intervalo da partida, que foi suspensa. A Conmebol acabou eliminando o Boca do torneio logo em seguida.

Porém, há uma diferença entre os dois casos, que fica evidente na frase do documento assinado por Angelici no sábado.

O impacto no ônibus do Boca ocorreu fora dos limites do cordão de segurança, delimitado no dia anterior à reunião técnica antes das finais da Libertadores.

Esse dado é o que enterraria a possibilidade de o River Plate ser punido com a derrota do jogo por 3 a 0 e consequentemente ficar sem a taça da Libertadores.

Agora, antes que a reunião entre os presidentes de Boca, River e da Conmebol aconteça na próxima terça-feira, o Boca e seus dirigentes aguardam a resposta sobre o pedido do clube.

Se o pedido for negado, restará ao clube recorrer na Câmara de Apelações da entidade ou, em última instância, entrar com ação na Corte de Arbitragem do Esporte, o TAS.

Aí a confusão estaria feita, já que uma ação no TAS não é resolvida em menos de três meses. E o Mundial de Clubes, que deve contar com o campeão da Libertadores, começa em 12 de dezembro, nos Emirados Árabes.

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