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Eleições do COB acontecem hoje pelas exigências de boa governança da Lei Pelé

As eleições do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) começam às 10h desta quarta-feira (7), com votos por meio de cédula e de forma presencial no Rio de Janeiro. Os novos presidente e vice-presidente escolhidos vão dirigir a entidade no próximo ciclo olímpico, que engloba os Jogos de Tóquio 2020, a serem realizados no ano que vem, e Paris 2024. Também serão eleitos os novos integrantes do Conselho Administrativo da entidade.

Três chapas concorrem nestas eleições. A “Força É União”, dos atuais gestores do Comitê, Paulo Wanderley e Marco Antônio La Porta, a “Vem Ser”, de Hélio Meirelles Cardoso e Robson Caetano, além da “COB + Forte”, de Rafael Westrupp e Emanuel Rego.

O processo, com várias chapas concorrendo e a possibilidade real de quem está na situação não se reeleger, é o resultado das alterações na Lei Pelé, com as novas exigências de gestão nos artigos 18 e 18-A.

“A limitação de mandato e exigência de representatividade de atletas nos colegiados de direção criaram a base necessária para as profundas mudanças na estrutura de governança do COB, que ocorreram em 2017 com autorização da Assembleia Geral. Sem isso, essa eleição seria outra”, destaca Ana Paula Terra, colaboradora do Lei em Campo e advogada que coordenou o processo do modernização da gestão da entidade à época.

Isso porque a entidade conta agora com um colégio eleitoral maior, com 49 membros com direito a voto. Entre eles, 35 presidentes das confederações olímpicas, dois membros do Comitê Olímpico Internacional no Brasil (Andrew Parsons e Bernard Rajzman), e os 12 integrantes da Comissão de Atletas da entidade (CACOB).

As eleições podem acontecer em mais de um turno. Só vence no primeiro turno quem conseguir maioria de 25 votos. Sem ela, a terceira chapa menos votada é eliminada e outras duas disputam o segundo turno, que acontece na sequência.

Os atletas podem, então, decidir o futuro do esporte olímpico com seus 12 votos. Algo histórico, já que a entidade vive seu primeiro momento democrático depois de mais de 40 anos. A única eleição de fato que houve foi em 1979, quando o Major Sylvio Padilha venceu Carlos Nuzman. O derrotado depois viria a comandar o COB por décadas.

E também foi com a prisão de Nuzman que a Assembleia Geral do COB foi obrigado a aceitar a modernização da entidade. “Sem isso, o COB não teria saído da suspensão do COI que começou em 2017 e só terminou em fevereiro de 2018”, lembra Ana Paula Terra.

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