Vinte e oito jogadoras da seleção americana de futebol entraram nesta sexta-feira com um processo contra a Federação de Futebol dos Estados Unidos por discriminação de gênero. A Associação de Jogadoras de Futebol dos Estados Unidos, que representa as jogadoras da seleção americana de futebol, diz que não é parte do processo, mas apoia a atitude das atletas.
A data para dar entrada na ação é significativa, já que dia 8 de março é comemorado o Dia Internacional da Mulher. O pedido das atletas é por equiparação salarial e de condições de trabalho. Atuais campeãs do mundo, as americanas vão defender o título a partir de junho na Copa do Mundo Feminina, que será disputada na França.
Na ação, as 28 atletas, entre elas as estrelas da seleção americana Alex Morgan, Megan Rapinoe e Carli Lloyd, acusam a federação, os empregados e todo o corpo diretivo de anos de “discriminação de gênero institucionalizada”. Segundo elas, a discriminação afetava não só o pagamento delas, mas também onde elas jogavam e treinavam, o tratamento médico que elas recebiam e até as viagens delas para as partidas.
Esse é só mais um capítulo na disputa entre as jogadoras americanas e a federação de futebol do país. Em 2016 outras cinco jogadoras já haviam entrado na Justiça pedindo equiparação salarial na Comissão de Oportunidade e Equidade de Empregos. A ex-goleira da seleção americana Hope Solo também entrou com um processo, em agosto do ano passado, contra a federação americana, por discriminação de gênero.
“Essa ação é um esforço das reclamantes para resolver sérios problemas no exercício dos seus direitos individuais. Da sua parte, a Associação de Jogadoras de Futebol dos Estados Unidos continuará procurando o aperfeiçoamento dos salários e das condições de trabalho. A Associação espera um desfecho rápido e positivo entre as reclamantes e a Federação de Futebol dos Estados Unidos nessa ação”, disse o comunicado da Associação.