Em carta à CBF, Federação Paraguaia cobra punições por gesto racista de torcedor em Palmeiras x Cerro Porteño

A Associação Paraguaia de Futebol (APF) enviou uma carta à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) condenando o gesto racista feito por um torcedor do Palmeiras durante a partida contra o Cerro Porteño, pela Libertadores, nesta quarta-feira (9).

No documento, a APF exige que a entidade aplique “penas severas”, reafirma o compromisso do futebol paraguaio em combater o racismo e relembra as declarações de Ángel Romero, do Corinthians, sobre discriminação no Brasil.

O documento relata que torcedores e jogadores do Cerro Porteño sofreram ofensas racistas antes e durante o duelo no Allianz Parque, na segunda rodada da Libertadores.

A APF também relata que foi necessário pedir a intervenção do Consulado Paraguaio no Brasil e destaca que os autores devem receber penas severas, já que os atos são crimes na legislação brasileira.

“O ocorrido horas antes do encontro, onde houve incitação à violência, nos deixou em alerta e pedimos ajuda ao Consulado Paraguaio naquele país. Como líderes, devemos ser consistentes e pedir aos nossos fãs que não incitem violência, racismo ou discriminação. Consideramos absolutamente inaceitável que esses eventos continuem ocorrendo no futebol”, diz um trecho do documento.

Em outro trecho, o documento cita as declarações de Ángel Romero, que disse a uma rádio do Paraguai que o Brasil é “o país com mais racismo”.

“Os clubes paraguaios reafirmam seu compromisso com o combate ao racismo, à discriminação e à violência, promovendo um futebol inclusivo, respeitoso e livre de toda forma de intolerância. Não aceitaremos nenhum ato discriminatório, seja em campo ou nas arquibancadas. Nossos jogadores têm expressado repetidamente sua reprovação a atos racistas no futebol brasileiro. No entanto, a reclamação do jogador paraguaio Ángel Romero não gerou o mesmo nível de condenação que o ataque reprovável sofrido pelo jogador Luighi”, diz outra parte da carta.

A carta se dirige ao presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, para pedir que o futebol brasileiro se junte à luta contra a discriminação em todo território sul-americano.

Crédito imagem: Conmebol

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