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Entenda por que Justiça Desportiva não deverá aceitar pedido de impugnação do Guarani

O presidente do Guarani, Ricardo Moisés, disse nesta segunda-feira (8) que o Bugre “não medirá esforços” para anular a partida contra o Vila Nova, válida pela 34ª rodada da Série B do Brasileirão, que acabou empatada em 2 a 2. Segundo o dirigente, o clube inclusive já entrou com o pedido no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

O motivo é o problema técnico no equipamento do VAR (árbitro de vídeo), que por conta disso acabou não sendo utilizado na partida. O Guarani se diz prejudicado pelo caso, na qual reclama de dois erros da arbitragem que poderiam mudar diretamente o resultado.

“Não vejo a menor condição. Anulação de partida é algo muito grave e sério, e só dever ocorrer em caso de manipulação de resultado ou erro de direito, o que não é o caso. O VAR é uma ferramenta para auxiliar a equipe de arbitragem e não é obrigatório. Não há nada na regra que determine que um jogo não pode ser realizado por conta da não utilização do equipamento”, avalia Gustavo Lopes, advogado especialista em direito desportivo e colunista do Lei em Campo.

Martinho Miranda, advogado especialista em direito desportivo e colunista do Lei em Campo, segue a mesma linha, ressaltando que “não há nenhuma chance de impugnação” uma vez que não houve erro de direito.

Para deixar claro, o “erro de direito” acontece quando há uma aplicação errada da norma, por desconhecimento. É diferente de uma mera interpretação errada do fato; a isso chamamos de “erro de fato”. Para que uma partida seja anulada é preciso que ocorra um erro de direito.

“O Guarani não medirá esforços para a anulação desse jogo. Já estamos entrando com medidas cabíveis junto ao STJD, comunicamos CBF e Federação Paulista. Dois minutos antes do início da partida, a arbitragem chamou capitães e treinadores, disseram que o VAR estava com problemas, mas que estavam tentando arrumar. Infelizmente, ontem, essa ferramenta fundamental para a isonomia do campeonato não funcionou”, declarou Moisés em pronunciamento.

O clube campineiro reclama exclusivamente de dois lances. Do posicionamento de Clayton, que deu o passe para Alesson marcar o segundo gol do Vila Nova e a anulação do gol de Lucão do Break, que garantiria a virada para o Bugre, aos 39 minutos do segundo tempo.

“Inaceitável uma arbitragem comprometer o trabalho de uma equipe, que se planejou durante o ano, que veio preparada com o objetivo único do acesso e numa reta final de campeonato deixar pontos para trás por erros cometidos pelo árbitro e pelos assistentes”, acrescentou Moisés.

Se tivesse vencido a partida, o Guarani terminaria a rodada dentro do G-4. Com o empate, chegou aos 53 pontos, ficando a dois do grupo de acesso.

Crédito imagem: Elton Novais

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