Na última sexta-feira, um oficial de justiça foi até a Granja Comary, concentração da seleção brasileira para a Copa América, para intimar e cobrar R$ 19,7 milhões do atacante Richarlison por uma ação movida por dois empresários com quem firmou contrato de procuração por cinco anos, em 2015. A informação foi revelada primeiramente pelo ‘GE’.
O valor cobrado por Ricardo Mendes e Luciano Martins refere-se a comissões por transferências e uma fatia dos salários do jogador. Além de Richarlison, a cobrança também é direcionada aos atuais agentes do atacante, Renato Velasco e Lucca Bertolucci (filho de Giuliano Bertolucci).
A ação foi iniciada no ano passado, mas ainda não avançou porque Richarlison, que mora na Inglaterra, ainda não havia sido citado oficialmente. A tendência é que a partir de agora o processo ande.
Ao ‘GE’, a assessoria de imprensa do atacante confirmou a intimação, mas disse que Richarlison foi incluído indevidamente no caso.
“O jogador esclarece que todas as comissões devidas ao longo de sua carreira foram integralmente pagas, quer pelo próprio atleta, quer pelos clubes por onde passou. Desta forma, a demanda em nada se relaciona ao atleta, mas sim a uma discussão travada por terceiros. Os seus advogados estão tratando de excluí-lo da responsabilidade a ele inapropriadamente atribuída”, diz a nota.
Tudo aconteceu em 2015. Antes de Richarlison se transferir do América-MG para o Fluminense, Ricardo Martins e Luciano Mendes fizeram uma parceria com Lucca Bertolucci.
Os dois empresários dizem que não receberam o que teriam direito nas negociações de Richarlison com Fluminense, Watford e Everton. De acordo com eles, somente em comissões nestas transferências deveriam receber R$ 13,4 milhões, além dos outros R$ 6,3 milhões pelos 5% dos salários do atacante nos últimos cinco anos.
Crédito imagem: Raul Martinez/AFP
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