Luis Rubiales, ex-presidente da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), foi condenado nesta quinta-feira (20) a pagar uma multa de 10,8 mil euros (R$ 64,2 mil) pelo crime de agressão sexual por conta do beijo forçado em Jenni Hermoso durante a celebração da Copa do Mundo de 2023, em Sydney, na Austrália.
O tribunal da Audiência Nacional considerou o dirigente culpado pela agressão sexual e decidiu condená-lo a pagar 20 euros por dia durante 18 meses de multa. A sentença também inclui a proibição de Rubiales de se aproximar a menos de 200 metros de Hermoso e de se comunicar com ela por um ano.
Contudo, Rubiales foi absolvido da acusação de ter pressionado e intimidado Hermoso e seus familiares, para que a jogadora declarasse publicamente que o beijo havia sido consentido.
Os outros três réus também foram absolvidos da mesma acusação: o ex-diretor da seleção masculina, Albert Luque, o ex-técnico da seleção feminina, Jorge Vilda, e o ex-gerente de marketing da RFEF, Ruben Rivera. A promotoria havia pedido uma pena de prisão de dois anos e meio para Rubiales; e um ano e meio de reclusão para o trio.
Durante o julgamento, que começou em 3 de fevereiro e durou duas semanas, cerca de 20 testemunhas compareceram à Audiência Nacional, incluindo as jogadoras da seleção feminina Roja, Misa Rodriguez, Irene Parades, Alexia Putellas e Laia Codina, além do irmão de Hermoso e dois amigos, que descreveram uma série de manobras da alta cúpula da Federação de Futebol para induzir a atacante a endossar a versão de Rubiales.
Rubiales deixou a presidência da RFEF em setembro de 2023 em razão da polêmica envolvendo Hermoso. Poucas semanas depois, em outubro, a FIFA baniu o dirigente por três anos de todas as atividades relacionadas ao futebol por violar o artigo 13, aquele sobre a violação das regras de fair play, integridade e lealdade.
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