A Federação Inglesa (FA) poderá proibir o cabeceamento deliberado no futebol para crianças menores de 12 anos. A entidade que rege o esporte na Inglaterra conseguiu, nesta segunda-feira (18), uma aprovação da IFAB (International Football Association Board), órgão regulador do futebol, para testar a nova regra em competições e ligas das categorias de base selecionadas a partir da próxima temporada.
Segundo o jornal britânico ‘The Guardian’, caso a medida seja bem-sucedida, a FA solicitará à IFAB uma mudança permanente na regra para categorias abaixo do sub-12 na temporada 2023/24.
O pedido teste feito pela FA faz parte de um estudo produzido pela entidade em que busca analisar a possibilidade de uma ligação entre o cabeceamento repetitivo de uma bola e doenças neurodegenerativas, como a Encefalopatia Traumática Crônica (ETC).
“Representa uma abordagem cautelosa para jogar e desfrutar do futebol enquanto a pesquisa em andamento continua nesta área”, diz um comunicado da FA.
“Queremos que todos os nossos filhos desfrutem do futebol, mas eles devem poder jogar com segurança”, declarou Dawn Astle, líder do projeto doenças neurodegenerativas no futebol da Associação de Futebolistas Profissionais, ao jornal.
“O futebol tem o dever de cuidar para continuar a mitigar os riscos de cabecear uma bola. Esta obrigação inclui o futebol juvenil, mas também se aplica ao cuidado dos jogadores no futebol profissional de elite. Indo para a temporada 2022-23, todos os clubes profissionais devem incorporar as diretrizes de cabeceio apropriadas em seus regimes de treinamento. A sua responsabilidade estende-se às suas equipas juvenis, femininas e masculinas”, acrescentou.
Em 2019, um estudo específico sobre o tema concluiu que os jogadores de futebol profissionais tinham três vezes e meia mais chances de morrer de doenças neurodegenerativas do que pessoas da mesma idade da população.
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