A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) continua apertando o cerco aos pilotos da Fórmula 1 sobre a nova regra de não usar joias durante a corrida e reforçou o aviso no GP de Miami, no último domingo.
Lewis Hamilton, que fez um protesto silencioso na coletiva de imprensa ao usar três relógios, oito anéis e diversos colares, retirou os brincos antes da prova e, conforme informou a FIA, tem até o GP de Mônaco, em 29 de maio, para remover o piercing de seu nariz. O heptacampeão disse não cumprirá a determinação.
“Não vou cumprir. Tenho uma isenção e vou ter outras pelo resto do ano. Alianças de casamento são permitidas. Vou usar quatro relógios da próxima vez”, disse o inglês.
Além de abordar acessórios, a nova regra também traz novas regularizações para as roupas íntimas utilizadas pelos pilotos que devem ser antichamas. O objetivo é diminuir o risco de queimaduras em caso de incêndio nos automóveis, bem como possíveis ferimentos na remoção de equipamentos dos pilotos durante um resgate.
A entidade decidiu ser mais rígida com essas normas e equipamentos de segurança após o acidente de Romain Grosjean, no GP do Bahrein, em novembro de 2020. Ao colidir, o piloto teve o carro incendiado, mas se livrou das chamas apenas com queimaduras de segundo grau.
Apesar disso, o protesto de Hamilton conta com o apoio de outros pilotos da F1, como o próprio Grosjean e Sebastian Vettel.
Por fim, o inglês questionou o motivo de não terem utilizado o mesmo rigor nas últimas temporadas.
“Quando me falarem sobre joias, me disseram que segurança é tudo. E eu perguntei: ‘o que aconteceu nos últimos 16 anos? Eu uso joias desde essa época e nunca foi um problema’”, declarou.
Crédito imagem: Reuters
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