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Jornal divulga bastidores das últimas horas da Superliga Europeia

O ‘New York Times’ divulgou nesta quinta-feira (22) bastidores da Superliga Europeia, competição criada no último domingo por 12 clubes do futebol europeu – Arsenal, Atlético de Madrid, Barcelona, Chelsea, Manchester City, Manchester United, Milan, Juventus, Inter de Milão, Liverpool, Real Madrid e Tottenham –.

Por pressão da Fifa, Uefa, confederações nacionais e torcedores, nove dos 12 clubes desistiram do projeto, que durou apenas 48 horas. Apenas Real Madrid, Barcelona e Juventus não anunciaram oficialmente que deixaram a competição.

Traição

Na semana passada, o presidente recém-eleito do Barcelona, Joan Laporta, comunicou ao presidente da La Liga, Javier Tebas, que o clube se uniria aos demais pela criação da Superliga.

Tebas então seu reuniu com presidentes de outras confederações para discutir o caso. Ao saber da notícia, o presidente da Uefa, Aleksander Ceferin, ficou desesperado e por um momento não acreditou, uma vez que semanas antes, dirigentes da Juventus teriam dito a ele que a criação da competição eram apenas boatos.

Então, Ceferin tentou se comunicar com seu amigo e presidente da Juventus, Andrea Agnelli, mas não obteve sucesso. O comandante da Uefa resolveu ligar para a mulher de Agnelli e somente assim conseguiu contato com o dirigente.

Na conversa, Agnelli tranquilizou Ceferin e voltou a afirmar que não se passava de especulações, o que era mentira. No domingo seguinte (18), os clubes anunciaram a criação do torneio.

Revolta

O principal motivo que agilizou a criação da Superliga e também seu término precoce foi a revolta, a começar pelos clubes. Os 12 fundadores estavam há anos insatisfeitos com a organização da Uefa, especialmente em relação a distribuição de renda para clubes menores.

Alguns dirigentes não consideravam justo que os jogos de seus clubes servissem para alimentar outros times. A partir daí que eles pensaram em criar uma competição independente da Uefa, no caso a Superliga.

Mesmo reunindo muito dinheiro, os 12 clubes envolvidos na competição tinham um grande desafio pela frente: a queda de braço com as organizações, que possuem poder de multar e punir dirigentes e jogadores. Imediatamente após a oficialização da Superliga, a Fifa, a Uefa e as confederações italiana, inglesa e espanhola fizeram ameaças públicas contra os responsáveis.

Somado a isso, torcedores também endossaram o coro de manifestações contrárias a criação da Superliga, uma vez que acabaram sendo deixados de lado pelos seus próprios clubes ao não serem consultados.

O fim

Diante da péssima repercussão da competição perante a opinião pública, federações e torcedores, os primeiros clubes a abandonarem a Superliga foram os ingleses. O que desestabilizou de vez o andamento do projeto.

Após a desistência da maioria dos clubes, a Juventus publicou um comunicado dizendo que aceitou a derrota, mas que ainda acreditava na ideia. Os presidentes do Real Madrid e do Barcelona seguiram o mesmo caminho do clube italiano.

Na nota de suspensão, a Superliga afirmou que “vai reconsiderar passos mais apropriados para reformular o projeto”.

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