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Justiça Esportiva terá comissão de mulheres. Entenda como ela atuará

2019 é, sem dúvida, um marco para o futebol feminino. “A modalidade já é uma realidade e o intuito é desenvolvê-la também na Justiça Desportiva”, revela Paulo Salomão, presidente do STJD, que empossou nesta sexta-feira, uma comissão exclusivamente formada por mulheres.

O novo núcleo ficará responsável por julgar os casos do futebol feminino de campo. No Superior Tribunal de Justiça Desportiva, outras seis mulheres já trabalham nas demais comissões, no Pleno e na procuradoria, com os processos do futebol masculino. “Toda iniciativa com o objetivo de fazer com que mulheres ocupem espaços no futebol são muito positivas. Que mais oportunidades possam surgir também em outras entidades do ecossistema do futebol e não só no STJD”, avalia Danielle Maiolini, procuradora do STJD há dois anos.

Demanda existe, tanto que o Tribunal recebeu mais de 50 currículos durante o processo seletivo para a Comissão Feminina. “Os melhores foram escolhidos e teremos representantes de várias regiões do Brasil. Criamos uma comissão para mulheres julgarem mulheres”, explica Paulo Salomão.

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“A Comissão Feminina foi desenhada há um ano para que as mulheres e o futebol feminino tivessem maior acolhimento dentro do Tribunal”, revela Alessandra Paiva, a nova subprocuradora-geral do STJD, que atua na justiça desportiva do Rio Grande do Sul desde 2017. Pela experiência com o futebol masculino, ela entende que a modalidade, entre as mulheres, ainda está em desenvolvimento e precisa de um olhar diferenciado. “Vamos respeitar o código, mas com sensibilidade para as diferenças de estrutura e nível de profissionalismo que ainda existem em relação ao futebol masculino”, acrescenta.

O escopo de trabalho da Comissão Feminina será o mesmo das demais comissões do STJD, mas com competência exclusiva. A cada 15 dias, ou quando tiver pauta, a comissão se reúne na sede do Tribunal, no Rio de Janeiro. A primeira sessão será esta semana, na sexta-feira, dia 4 de outubro.

A ideia é que a Comissão Feminina ainda seja pioneira, a primeira a testar e utilizar um novo sistema de julgamento eletrônico, que está em desenvolvimento pela Confederação Brasileira de Futebol. “Esse sistema abrigará todo o processo de análise e julgamento dos casos e vamos colocar em prática com a Comissão Feminina”, informa Paulo Salomão, presidente do STJD.

A Comissão Feminina será composta por:

Gisele Amantino (PR) – Presidente

Dessiré Emmanuelle Gomes dos Santos (SP) – Auditoria

Mariana Santos de Brito (RS) – Auditora

Alessandra Paiva (RS) – Subprocuradora-geral

Angela Cristina da Silva (SP) – Procuradora

Selma Fátima Melo Rocha (RJ) – Procuradora

Nathália Alvares Campos Fontão (MG) – Procuradora

Priscila Yamamoto Kuroiwa Japiassú (RJ) – Procuradora

Ketlen Roque dos Anjos (AM) – Procuradora

Juliana de Souza Camões Revault (BA) – Suplente

Ana Luiza de Oliveira Kalil (RJ) – Advogada dativa

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