A Justiça da França abriu uma investigação sobre as remunerações do presidente do comitê organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Paris (Cojop), Tony Estanguet. A informação foi divulgada pela agência de notícias ‘AFP’.
Estanguet, que é medalhista olímpico de canoagem, ganhou 270 mil euros brutos (R$ 1,5 milhão) até 2020, segundo números divulgados pelo Cojop em 2018, uma remuneração que pode variar em 20% dependendo de determinados objetivos.
Contudo, esse valor deveria ter sido inferior, tendo em conta o estatuto jurídico do comitê na França.
Segundo matéria recente do ‘Le Canard Enchaîné’, o atleta criou uma empresa que cobra “serviços não comerciais” ao comitê que dirige. Isto levanta questões sobre o controle “da realidade e da qualidade dos serviços” prestados pela empresa Estanguet.
No início de 2021, dois relatórios da Agência Francesa Anticorrupção (AFP) sobre a organização dos Jogos Olímpicos apontavam “riscos” de falta de probidade e “conflito de interesses”.
Num desses relatórios, a AFA se referiu ao caso da empresa Estanguet como uma “configuração atípica” que “não está isenta de dificuldades”.
A Justiça francesa abriu outras três investigações financeiras sobre a organização dos Jogos Olímpicos devido a suspeitas de favoritismo e desvio de fundos na adjudicação de contratos.
Crédito imagem: Olympics/Divulgação
Nos siga nas redes sociais: @leiemcampo
Seja especialista estudando com renomados profissionais, experientes e atuantes na indústria do esporte, e que representam diversos players que compõem o setor: Pós-graduação Lei em Campo/Verbo em Direito Desportivo – Inscreva-se!