O Ministério Público da Suíça pediu, nesta terça-feira (8), 28 meses de prisão para o presidente do Paris Saint-Germain, Nasser al-Khelaifi, e de 35 meses para o ex-secretário-geral da FIFA, Jérôme Valcke, em uma ação envolvendo os direitos de televisão da Copa do Mundo. A pena foi requisitada no Tribunal de Recursos do Tribunal Penal Federal (TPF), em Bellinzona. A informação foi revelada pelo ‘ge’.
Segundo as autoridades, a dupla realizou um “acordo corrupto”, feita às escondidas da FIFA, para a beIN Media ganhar os direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2026 e 2030.
O episódio foi classificado pelos magistrados como “suborno”, não havendo a possibilidade deles serem condenados por corrupção privada. A FIFA retirou sua queixa sobre o caso em janeiro de 2020, após um acordo com o presidente do clube francês. A dupla alega que o acordo foi mais benéfico para a entidade máxima do futebol, com valorização de 60% das receitas em relação às Copas de 2018 e 2022.
Em julgamento na primeira instância, realizado em 2020, o Tribunal Penal Federal da Suíça considerou que Valcke apoiou a atribuição dos direitos de televisão ao canal beIN Sports em troca de uma mansão na Sardenha, na Itália. A propriedade foi comprada por Al-Khelaifi no final de 2013, por 5 milhões de euros. O ex-secretário-geral da FIFA admitiu ter pedido ajuda ao empresário do Catar para financiar o imóvel.
Alguns meses depois, em abril de 2014, a FIFA assinou contrato com a beIN pelos direitos de transmissão das Copas do Mundo de 2026 e 2030 para a parte norte da África e Oriente Médio.
Diferente do que aconteceu no julgamento em primeira instância, a promotora federal Cristina Castellote não solicitou a suspensão parcial da pena, mas sim o cumprimento de dois anos e quatro meses de prisão para Al-Khelaifi e quase três anos para Valcke.
Crédito imagem: Laurenta Blanca/AFP
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