Um líder que supervisiona a segurança da Copa do Mundo do Catar declarou nesta sexta-feira (1) que as bandeiras nas cores do arco-íris, representativas ao movimento LGBTQIA+, poderão ser confiscadas dos torcedores durante o evento. Segundo ele, a atitude não se trata de uma forma de censura, mas, sim, como uma proteção aos ataques que podem sofrer por defenderem esses direitos.
“Se ele (um torcedor) levantou a bandeira do arco-íris e eu a peguei dele, não é porque eu realmente quero insultá-lo, mas para protegê-lo. Porque se não for eu, alguém ao redor dele pode atacá-lo. Não posso garantir o comportamento de todo o povo. E eu direi a ele: ‘Por favor, não há necessidade de levantar essa bandeira neste momento’”, disse Abdulaziz Abdullah em entrevista à agência Associated Press.
O major-general voltou a reforçar que os casais LGBTQIA+ serão bem-vindos ao Catar, mesmo com relacionamento de pessoas do mesmo sexo sendo criminalizada no país.
“Você quer demonstrar sua visão sobre o movimento (LGBTQIA+), demonstre-a em uma sociedade onde ela será aceita. Assista ao jogo. Isso é bom. Mas não venha e insulte toda a sociedade por causa disso”, acrescentou.
Al Ansari disse que não está ameaçando a comunidade, mas quer que as leis do país sejam respeitadas.
“Reservem o quarto juntos, durmam juntos… Isso é algo que não é da nossa conta. Estamos aqui para administrar o torneio. Não vamos além das coisas pessoais individuais que podem estar acontecendo entre essas pessoas… esse é realmente o conceito. Aqui não podemos mudar as leis. Você não pode mudar a religião por 28 dias de Copa do Mundo”, encerrou.
A Copa do Mundo do Catar será disputada de 21 de novembro a 18 de dezembro.
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