Em entrevista à rádio Band News nesta quarta-feira (18), o ministro da Justiça, Flávio Dino, disse que o ex-jogador Robinho poderá cumprir a condenação de nove anos de prisão por estupro de uma mulher albanesa, na Itália, em 2013, em território brasileiro.
“Até o presente momento não chegou nas minhas mãos. Eu não posso ainda dizer minha decisão, minha opinião, mas evidentemente eu posso afirmar que na minha visão geral que crimes, quaisquer que sejam eles devem ser punidos. Essa é uma tese digamos assim, mas a aplicabilidade de um caso concreto só pode ser feita quando eventualmente houver essa tramitação”, explicou.
“O exame definitivo compete a questões jurídicas, não são questões políticas. A própria Constituição brasileira proíbe a extradição de cidadãos brasileiros natos. Mas, agora pode, em tese, haver esse cumprimento de pena, mas isso precisa ser examinado e isso efetivamente tramitar”, acrescentou o ministro.
No ano passado, a Justiça da Itália condenou, em última instância, Robinho e seu amigo Roberto Falco a noves anos de prisão. O governo italiano pediu ao Brasil para que o atleta fosse extraditado, mas a solicitação foi negada respeitando o artigo 5º da Constituição brasileira.
Dina contou que o tema inicialmente tramita pelo Ministério da Justiça e a Secretaria Nacional de Justiça, órgão central de cooperação jurídica de relação internacional, sendo esse responsável pelo processamento.
Robinho anunciou a aposentadoria em julho do ano passado, após a condenação e não atua em uma partida oficial desde julho de 2020, quando defendeu o Basaksehir, da Turquia.
Crédito imagem: Getty Images
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