O presidente do Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio, Yoshiro Mori, fez comentários machistas durante uma reunião com outros funcionários da entidade, oportunidade em que disse que as mulheres competem para falar mais e são irritantes.
Entretanto, talvez para amenizar a fala, mas metendo os pés pelas mãos, ele disse que as mulheres que trabalham no Comitê “sabem ficar em seu lugar”, o que só ressaltou ainda mais o seu preconceito com o sexo oposto.
Para piorar a situação, Mori, ao pedir desculpas pelo que disse, quando foi perguntado se realmente achava que mulheres falavam demais, o japonês soltou mais essa: “Eu não ouço muito as mulheres ultimamente, então eu não sei”.
Seria bom que ele soubesse que o esporte, mais do que nenhum outro segmento, apregoa a igualdade e o respeito entre todos os seres humanos, independentemente de etnia, cor, idade, sexo ou qualquer outra característica humana.
Aliás esse é o ideal olímpico, ideal que deveria ser alardeado em todos os cantos especialmente pelo presidente do Comitê Organizador da competição esportiva mais importante do mundo.
Mori não tem a menor condição de continuar à frente da organização dos jogos olímpicos de 2020, pois o cargo que ocupa deve ser preenchido por quem possa dar exemplos de cidadania e respeito ao próximo.
Esse tipo de vírus que contaminou Mori não se combate com máscaras, remédios ou vacinas, mas com o repúdio de todos. A pressão para a sua saída por parte da comunidade esportiva precisa aumentar. Não dá para deixar pra lá.
Caso ele não saia, a imagem do próprio país ficará afetada, uma vez que se passará a mensagem de condescendência com tais práticas por parte da nação. A governadora de Tóquio já mandou seu recado, dizendo que todos estão enfrentando “um grande problema” com as falas de Mori.
A indignação dos japoneses fez com que a hashtag #MoriPleaseResign (“Mori por favor renuncie”) entrasse nos trending topics do Twitter. Se eu fosse você faria o mesmo. Quando acabar de ler este artigo, vai lá no Twitter e aumente a pressão.
Pessoas que não estão à altura do cargo que ocupam não podem permanecer e contar com a complacência das instituições e da sociedade.
Que o exemplo japonês sirva de exemplo para os demais países.
Principalmente para o Brasil…