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O drible se tornou proibido no futebol?

O futebol traz diversão, entretenimento, alegria, é a felicidade de muitos apaixonados pelo esporte e o drible faz parte de tudo isso.

O drible é usado no futebol, basquete, handebol, entre outros, e nada mais é do que uma ação ou uma finta para se desvencilhar do adversário.

Quem nunca ouviu falar do drible da vaca, caneta, carretilha, chapéu, elástico, vários nomes e estilos que levam ao delírio de todos que assistem o futebol?

A regra do jogo parte de três princípios básicos: igualdade, segurança e diversão e não há como negar que o drible se encaixa nesse último.

No último final de semana Neymar foi dar uma lambreta para sair da marcação adversária, e por isto o árbitro chamou sua atenção em campo, o jogador retrucou e levou cartão amarelo.

No último domingo em um torneio sub-14 disputado no Rio Grande do Sul, o Palmeiras vencia a final contra o Grêmio quando o jogador Endrick, da equipe alviverde,  foi a linha de fundo, tentou um drible e a sequência da jogada foi parada pelo apito do árbitro, Cristiano Costa, que advertiu o jogador com cartão amarelo e marcou tiro livre indireto a favor da equipe gaúcha. O jogador palmeirense, que fez a jogada e foi punido, e Neymar têm berços no futsal, onde a habilidade, velocidade e o drible são constantes e aplaudidos, ter isso no campo é agregar à beleza do futebol.

Na regra 12, no item conduta antidesportiva é possível ver que um cartão amarelo pode ser aplicado por “mostrar falta de respeito ao jogo”. Porém, o que é falta de respeito ao jogo? O que é o espírito do jogo, que também consta na regra? Não são itens extremamente subjetivos?

Puxar a camisa acintosamente, por exemplo, ou fazer embaixadinhas provocando o adversário em um jogo ganho, no caso o título, como aconteceu 1999 no jogo Palmeiras x Corinthians, podem ser considerados falta de respeito entre as diretrizes recebidas pelos árbitros.

Uma embaixadinha com um jogo ganho, sem tentar um ataque ou um drible para sair da marcação, pode ser vista como uma provocação, falta de Fair Play e causar uma confusão generalizada como ocorreu na final de 1999.

Porém, se o jogador está usando o drible para atacar, com o intuito de fintar o adversário e sair da marcação, avançar, ou seja, quer jogar e de forma divertida, onde está a infração?

Não dá para robotizar o futebol, deixá-lo chato e sem alegria, mal pode comemorar um gol ultimamente que se leva cartão (em função da regra), agora nem driblar pode mais que será punido.

O bom senso tem que prevalecer, principalmente o das regras e da arbitragem. Por isso falo que, quem só entende de regra nem de regra entende, tem que entender de regra, arbitragem, futebol e todos os contextos inseridos no meio.

O futebol corre o risco de ficar chato e ninguém quer isso, que sigam as comemorações e os dribles com respeito e diversão.

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