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O que os patrocinadores podem ensinar aos clubes de futebol sobre compliance

A preocupação com o compliance e programas de integridade são em voga no momento. As principais corporações do mundo tem adotado políticas de ética e integridade.

Como não podia ser diferente, a implementação das boas práticas chegaram ao futebol e os clubes estão a debater a necessidade de se adequarem ao compliace.

Em, apertada síntese, compliance consiste na adoção de um conjunto de medidas de controle interno e externo, em relação à governança corporativa, voltado para o cumprimento da legislação e padrões éticos de comportamento empresarial socialmente aceitos e responsavelmente estabelecidos, com o objetivo de reduzir riscos de danos à imagem da empresa.

Algumas das empresas que mais patrocinam o futebol tem dado um show nessa matéria.

O grupo financeiro BMG que patrocina várias equipes das séries A e B, traz em seu site da internet um canal de comunicação segura e anônima para indicação de condutas antiéticas ou que violem princípios éticos.

A construtora MRV, que estampa sua marca na camisa do atual campeão brasileiro, além de disponibilizar canal de acesso pela rede mundial de computadores possui um Código de Conduta muito bem elaborado.

O referido Código de Ética indica, entre outras questões, o combate ao conflito de interesse de forma que a tomada de decisão quanto às contratações ocorra de forma clara, imparcial e isenta.

Relacionamentos pessoais e profissionais entre funcionários da construtora e terceiros, em desacordo com as regras de conduta da empresa, bem como favorecimentos pessoais podem ser severamente penalizados.

O Banco Semear, patrocinador máster do América/MG, traz um dos melhores canais de ética do Brasil com formulário que dirige adequadamente as respostas e permite denúncias anônimas.

O zelo do Banco pelo compliance é tão grande que o seu canal de ética é feito pela empresa independente “Canal Seguro”, o que minimiza os riscos de eventuais denúncias serem “engavetadas” por relacionamentos pessoais entre denunciado e funcionários da empresa.

O brasileiro está a se acostumar com o combate à corrupção no mundo corporativo e tem, cada vez mais, exigido posturas transparentes das empresas que se relacionam.

No futebol tem se observado o mesmo fenômeno. Os torcedores querem ter a certeza de que Diretores não recebem “retorno” por contratação de atletas ou prestadores, por exemplo.

O primeiro passo para a implementação do compliance nas entidades deportivas é criar um Código de Ética (o da MRV é um grande exemplo) e disponibilizar um canal isento de denúncias para que atividades irregulares sejam conhecidas e severamente punidas.

Por mais que haja relutância de alguns setores, o mundo de hoje não comporta mais preconceito, exclusão, insustentabilidade, corrupção e favorecimentos pessoais.

As entidades e, por óbvio, os clubes de futebol que não se adaptarem estão fadadas ao fracasso.

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