A realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio ainda é alvo de muita discussão no Japão por conta principalmente da alta rejeição da população. Nesta quarta-feira (26), a editora japonesa Asahi Shimbu, uma das parceiras oficiais das Olímpiadas, pediu o cancelamento do evento por conta do agravamento da pandemia no país. Em um editorial, a empresa citou os riscos para a segurança pública por conta da Covid-19 e a pressão sobre o sistema de saúde.
“Pedimos ao primeiro-ministro (Yoshihide) Suga que avalie a situação com calma e objetividade e decida sobre o cancelamento do evento. Asahi Shimbun continuará suas atividades como parceira oficial enquanto monitora a situação do Covid-19”, diz um trecho do editorial da empresa.
O presidente do Comitê Organizador de Tóquio 2020, Toshiro Muto, comentou a declaração da parceira e reafirmou que nenhum membro do conselho do evento colocou em pauta o cancelamento ou adiamento dos Jogos Olímpicos em uma reunião realizada nesta quarta.
De acordo com uma estimativa de Takahide Kiuchi, economista executivo do Nomura Reserach Institute e ex-membro do conselho do Banco do Japão, o cancelamento do evento causaria um prejuízo de R$ 87,7 bilhões para o Japão.
A Olimpíada de Tóquio está marcada para acontecer de 23 de julho a 8 de agosto.
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