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Polícia de Minas Gerais abre novo inquérito para apurar desvios no Cruzeiro

Por Thiago Braga e Ivana Negrão

A Polícia Civil de Minas Gerais instaurou novo inquérito para apurar crimes cometidos contra o Cruzeiro. Entre os principais temas analisados estão contratos firmados em nome do clube com pessoas e empresas ligadas a dirigentes e conselheiros da agremiação.

Segundo fontes ouvidas pelo Lei em Campo, foi instaurado um outro procedimento na Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), para não atrasar a investigação atual já em curso no Ministério Público de Minas Gerais. Nesta quinta-feira (15), o MPMG denunciou o ex-presidente do Cruzeiro, Wagner Pires de Sá, e mais oito pessoas por lavagem de dinheiro, apropriação indébita, falsidade ideológica e formação de organização criminosa.

A polícia quer saber a veracidade e a legalidade de contratos firmados para prestação de serviços no Cruzeiro, se esses serviços foram mesmo prestados, se havia necessidade de contratação, se houve desvio de recursos e onde foi parar o dinheiro pago para as empresas envolvidas.

A investigação prossegue em relação aos já denunciados e possíveis outros dirigentes e funcionários também, a depender do andamento das diligências feitas neste novo inquérito.

Além de Pires de Sá, foram denunciados pelo MP o ex-vice-presidente de futebol, Itair Machado, e o ex-diretor geral, Sérgio Nonato, o Serginho, os empresários Wagner Cruz, Carlinhos Sabiá e Cristiano Richard, Christiano Polastri Araújo (ex-presidente do Ipatinga), Fabrício Visacro (ex-assessor de futebol), e Ivo Gonçalves, pai de Estevão William, de 12 anos, apelidado de Messinho, e que teve parte dos direitos envolvidos pelo clube no pagamento de dívidas com o empresário Cristiano Richard.

O Ministério Público de Minas Gerais pede que seja fixada indenização ao Cruzeiro do rombo causado. E pelo dano moral coletivo e dano à imagem do clube, o órgão solicita que os denunciados devolvam 100% do prejuízo causado, ou seja, R$ 6,5 milhões.

Denúncias

Wagner Pires de Sá foi denunciado pelos crimes de falsidade ideológica, apropriação indébita e formação de organização criminosa. Itair Machado por lavagem de dinheiro, apropriação indébita, falsidade ideológica e formação de organização criminosa. Já Sérgio Nonato responderá por integrar organização criminosa e por apropriação indébita.

Os três empresários são acusados de integrar organização criminosa e apropriação indébita, sendo que dois deles ainda responderão por lavagem de dinheiro. O pai do atleta das categorias de base da Raposa responderá pelo crime de falsidade ideológica. Já o ex-presidente do Ipatinga foi denunciado por lavagem de dinheiro. E o ex-assessor de futebol do Cruzeiro por apropriação indébita.

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