A Premier League estuda fazer uma revisão de seu regulamento e passar a considerar o respeito aos direitos humanos como um dos requisitos para aceitar novos proprietários e diretores na competição. A informação foi revelada pelo jornal ‘The Guardian’.
“Tivemos algumas boas conversas com a Anistia Internacional sobre esse tipo de decisão. Ainda não estou pronto para dizer como isso deve mudar porque, na verdade, deve ser no futebol como um todo; deve ser nós, a federação inglesa e os clubes da 2ª divisão, concordando como esse teste deve ser, como deve ser implementado e como deve ser comunicado aos fãs”, declarou Richard Masters, CEO da Premier League, no evento Financial Times Business of Sport Summit nesta quinta-feira (3).
Segundo Masters, a possibilidade de mudança no regulamento surge em meio à pressão dos torcedores ingleses. Além da questão dos direitos humanos, uma maior transparência e a criação de um órgão independente para avaliação de novos vêm sendo debatido ao menos há um ano.
O debate sobre os direitos humanos voltou com tudo após o início da guerra entre Ucrânia e Rússia. Isso porque o atual dono do Chelsea, Roman Abramovich, tem relação próxima com o presidente russo Vladimir Putin, e optou por colocar o clube à venda diante da pressão das autoridades britânicas contra grandes investidores russos no país.
Outra situação que reacendeu o debate sobre o tema foi a aquisição do Newcastle por um fundo de investimento da Arábia Saudita, concretizada no ano passado. O país é denunciado por violação dos direitos humanos e usa o esporte para limpar sua reputação mundialmente.
Qualquer mudança no regulamento da Premier League precisa contar com a aprovação de ao menos 14 dos 20 clubes da competição.
Crédito imagem: Getty Images
Nos siga nas redes sociais: @leiemcampo
Nossa seleção de especialistas prepara você para o mercado de trabalho: pós-graduação CERS/Lei em Campo de Direito Desportivo. Inscreva-se!