A Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) solicitou a instauração de um inquérito desportivo para determinar se houve erros na arbitragem de Sport x Palmeiras, válida pela 2ª rodada do Brasileirão, e, caso confirmados, que sejam tomadas providências disciplinares.
De acordo com a jornalista Joanna de Assis, do GE, o pedido é baseado em um requerimento feito pelo Leão, e a decisão agora está nas mãos do presidente do STJD, Luís Otávio Veríssimo Teixeira.
O pedido do Sport se refere, principalmente, à marcação do pênalti polêmico, aos 43 minutos do segundo tempo.
O Leão entende que a marcação foi feita em desacordo com as Regras de Jogo da IFAB (International Football Association Board), particularmente a Regra 12, que trata das infrações e condutas no jogo, com potencial enquadramento nas infrações previstas no artigo 259 (infrações graves), e nos artigos 191, II e III do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), que tratam da aplicação de sanções relacionadas à atuação da arbitragem.
A Procuradoria cita no texto uma falha no uso do VAR (árbitro de vídeo), que não corrigiu o erro do árbitro de campo, mesmo após a análise do lance – citando o parecer da Diretoria de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), por meio do Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais (CCEI).
O órgão também solicita a coleta de evidências, como áudios e imagens da comunicação dos árbitros, e a oitiva de todos os membros da equipe de arbitragem que atuaram na partida, a fim de apurar se houve infrações disciplinares, conforme o CBJD.
“Diante da relevância e da consistência dos elementos trazidos, inclusive com reconhecimento oficial do equívoco por parte do Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais (CCEI), reputa-se pertinente e necessário o aprofundamento da apuração, com base no art. 81 do CBJD, a fim de que a Procuradoria possa, ao final, deliberar sobre o oferecimento ou não de denúncia contra os membros da arbitragem que, mesmo amparados com os recursos tecnológicos disponíveis, possam ter deixado de observar regras da modalidade, diretrizes, protocolos ou padrões que devem pautar sua atuação”, diz um trecho do documento da Procuradoria.
Crédito imagem: Cesar Greco/Palmeiras
Nos siga nas redes sociais: @leiemcampo