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Relatório aponta que Comitê Organizador da Copa do Mundo do Catar não está cumprindo promessas de sustentabilidade

Um relatório produzido e divulgado nesta terça-feira (31) pela Carbon Market Watch (CMW), organização não-governamental que tem experiência na precificação de carbono, concluiu que a organização da Copa do Mundo de 2022, no Catar, não estaria cumprindo as promessas de sustentabilidade e redução de emissão de carbono, em busca da neutralidade. A informação foi divulgada pelo ‘ge’.

A CMW examinou os planos do Comitê Organizador do Mundial e afirmou que as emissões de carbono projetadas “provavelmente foram subnotificadas”. A organização alerta para as consequências que a construção dos sete novos estádios feitos para a competição pode trazer ao meio ambiente.

“Seria ótimo ver o impacto climático de Copas do Mundo serem reduzidos, mas a promessa de neutralidade de carbono feita é simplesmente não crível. Apesar da falta de transparência, as evidências sugerem que as emissões desta Copa do Mundo serão consideravelmente maiores do que o esperado pelos organizadores, e os créditos de carbonos comprados para compensar essas emissões devem ser insuficientes para causar um impacto positivo no clima”, apontou Gilles Dufrasne, responsável pelo relatório da CMW.

De acordo com o estudo, as emissões de carbono pela construção dos novos estádios podem ser até oito vezes maiores do que o estimado pelo Comitê Organizador do Catar. Outro questionamento feito pela CMW é em relação a utilização dos estádios após o Mundial.

Por fim, a entidade faz críticas sobre o plano de absorção de emissões através de um viveiro de árvores e grama em larga escala.

Ao ‘The Guardian’, um representante do Comitê Organizador disse que as afirmações feitas pela CMW no relatório são “especulativas e falsas” e que o compromisso do Catar com a neutralidade de carbono deveria ser reconhecido.

Procurada pelo jornal, a FIFA contestou as análises feitas pela CMW, afirmando que é inapropriado calcular as emissões dos estádios com base apenas no uso para a Copa do Mundo.

Crédito imagem: FIFA

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