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Secretário-geral da CBF avalia ‘guerra judicial’ no Brasileirão: “Flamengo tomou um caminho inadequado”

A disputa judicial que envolveu a realização da partida entre Palmeiras x Flamengo quase gerou consequências graves para a continuação do Campeonato Brasileiro. Caso a partida não fosse realizada, diversos desdobramentos poderiam acontecer, inclusive a paralisação da competição, principalmente por conta da pressão feitas pelos outros clubes da Série A. Em entrevista concedida para o Estadão, o secretário-geral da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Walter Feldman, avaliou o caso.

“Os clubes teriam suas razões para reagir. A decisão da Justiça (de confirmar o jogo) foi fundamental para não acontecer algo mais dramático”, afirmou.

O dirigente afirmou que o imbróglio aconteceu por conta da “rejeição do Flamengo” em seguir o que foi determinado para o campeonato.

“O que deu errado foi a rejeição do Flamengo em relação ao cumprimento do protocolo estabelecido e uniforme para todos os clubes, de que 13 jogadores é o número suficiente”

Questionado sobre a participação dos sindicatos dos funcionários de clubes e de atletas no episódio, Feldman afirmou:

“É um caminho inadequado. Está muito estabelecido que as decisões esportivas devem permanecer no campo das instâncias desportivas. Não havia conflito em termos de uniformidade, de imparcialidade, de tratamento igualitário para todos os clubes. Não havia por que acionar (a Justiça), é uma prática não recomendada, passível de punição. Evidentemente não foram os agentes do futebol, foram os sindicatos representativos, mas é um caminho inadequado, que causa um desajuste, como efetivamente aconteceu”

Feldman destacou a segurança do protocolo estabelecido pela CBF no futebol brasileiro.

“É um caminho inadequado. Está muito estabelecido que as decisões esportivas devem permanecer no campo das instâncias desportivas. Não havia conflito em termos de uniformidade, de imparcialidade, de tratamento igualitário para todos os clubes. Não havia por que acionar (a Justiça), é uma prática não recomendada, passível de punição. Evidentemente não foram os agentes do futebol, foram os sindicatos representativos, mas é um caminho inadequado, que causa um desajuste, como efetivamente aconteceu”

O dirigente afirmou que uma paralisação do Brasileirão poderia acontecer, caso a partida fosse adiada.

“Os princípios estabelecidos são de 13 jogadores no mínimo, e o Flamengo tinha 19. O protocolo é muito claro: infectado separa, sem sintoma joga. Outros clubes já tinham passado por isso, por que o tratamento seria diferente? Aí abalaria a uniformidade, a imparcialidade e a igualdade de tratamento. Se você trata de forma diferenciada, você não tem equilíbrio no estabelecimento de regras. A não realização do jogo no domingo poderia causar um abalo dramático do sistema, e os clubes teriam suas razões pra reagir. A decisão da Justiça foi fundamental para não acontecer algo mais dramático”

Sobre a volta da torcida nos estádios, Feldman afirmou que só irá acontecer quando for possível para todos os clubes.

“A gente ouviu o Ministério da Saúde, que deu parecer favorável dependendo das autoridades locais. A CBF fez um contato com grande parte dos governadores e prefeitos. Hoje, essas autoridades não têm posição favorável, e tendo em vista o equilíbrio técnico que demandaria a perspectiva de torcida para todos os clubes, nós não vemos a curto prazo essa possibilidade”

Crédito imagem: CBF/Divulgação

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