Na noite da última quarta-feira (30), Ceará e Fortaleza disputaram o primeiro jogo da final do Campeonato Cearense 2020. Com gols de Bruno Melo e Tinga, o Leão derrotou o Vovô por 2 a 1 e saiu na frente da decisão.
No entanto, o pós-jogo ficou marcado por um ato de racismo envolvendo o lateral Tinga, do Fortaleza, autor do gol da vitória.
Tudo aconteceu quando a fotógrafa Kely Pereira, fez uma postagem com o lateral-direito comemorando o gol contra o Ceará e um internauta fez um comentário com várias emojis de macaco.
Minutos após a repercussão negativa, o comentário foi excluído e o autor se desculpou.
“Galera peço desculpas a todos vocês nação tricolor, no momento da raiva acabei fazendo besteira. Eu não sou uma pessoa ruim e muito menos racista. Estou de coração partido”
Procurados pelo Lei em Campo, especialistas descartam qualquer tipo de punição na Justiça Desportiva.
“Por se tratar de um ato feito por apenas um torcedor, é impossível que a Justiça Desportiva faça uma denúncia contra o clube, até porque não aconteceu dentro de campo, como prevê o artigo 243-G do CBJD”, avaliou Caio Medauar, advogado especialista em direito desportivo.
“Só caberia a Justiça Comum e Criminal. Não é de competência da Justiça Desportiva”, disse o advogado especialista em direito desportivo Paulo Schmitt.
“Caso a conduta fosse realizada por um dirigente ou atleta a história seria outra. Aí caberia a Justiça Desportiva, pelo menos em relação a denúncia”, concluiu Medauar.
Ainda durante a madrugada desta quinta-feira (1), a fotógrafa se pronunciou e divulgou uma nota de repúdio sobre o episódio.
Procurado pelo Lei em Campo, a assessoria do Fortaleza não se pronunciou sobre o caso e disse que o atleta não fez qualquer queixa ao clube.
Crédito imagem: Fortaleza/Divulgação
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