O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) decidiu apurar a parceria entre o Banco de Brasília (BRB) e o Flamengo. A Justiça está investigando uma suspeita de violação aos princípios constitucionais da administração pública, a partir do momento que o banco tem como seu principal acionista o Governo do Distrito Federal (GDF).
O BRB e o clube carioca fecharam um acordo de R$ 32 milhões ao ano, no começo do mês de junho em formato de sociedade, como contou o Lei em Campo. O Ministério Público de Conta do Distrito Federal (MPC-DF) foi o responsável por protocolar a representação no TCDF para que pudesse dar início às investigações.
O MPC recebeu denúncias anônimas que relataram um suposto tráfico de influência e lobby entre o Governo do Distrito Federal e o Flamengo. O BRB tem até 15 dias para entregar a solicitação requisitada pela Corte.
Um dos argumentos utilizados no documento, é sobre a relação do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), com o Flamengo. O político que é assumidamente rubro-negro, já foi chefe de delegação do clube durante umas das partidas da Libertadores 2019.
O MPC-DF ressalta que o fechamento de contratos por empresas estatais com entidades esportivas exige detalhamento do motivo para o tipo de comunicação, o setor esportivo e a modalidade ou a entidade escolhidos. O órgão também destacou que houve expansão do volume de recursos do BRB para o time profissional de basquete do Flamengo e que o valor anunciado para o clube de futebol é 400% maior que todo o orçamento do banco gasto com patrocínio no ano passado.
Para o Ministério Público há indícios de violação aos princípios da isonomia e da impessoalidade, o que justificam a abertura de investigação. Até o momento, Flamengo e BRB não se manifestaram sobre o caso.
Crédito imagem: Flamengo
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