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A importância da profissionalização dos demais agentes do futebol para o cumprimento do objetivo da SAF

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Muito se tem debatido a SAF – Sociedade Anônima do Futebol como uma das grandes soluções para o desenvolvimento da atividade futebol no Brasil, bem como como uma válvula de escape para que os clubes possam se manter ativos.  Mas a SAF sozinha nada conseguirá sem um grande movimento que deve ser aplicado por todos os participes dessa indústria.

No Brasil a indústria do futebol movimenta milhões, multidões e se torna um dos negócios de maior exposição, sendo inclusive considerado um patrimônio cultural brasileiro. Assim, para o brasileiro, o futebol é mais que um dia de comunhão, é instrumento de formação cultural, o que torna essa atividade um negócio, o qual precisa de uma análise mais detalhada sobre os demais agentes que vão além da SAF.

Como se sabe o Futebol é um esporte coletivo em que duas equipes com onze atletas disputam quem irá marcar mais tentos contra o outro. Esse esporte é lúdico, faz parte do imaginário infantil e talvez uma das primeiras brincadeiras de todos. Porém, quando se fala de futebol profissional somente os vinte dois atletas não são suficientes, para que a partida ocorra é necessário árbitro, assistente, equipes de arbitragem que manuseiam o VAR, técnicos, assistentes, médicos, seguranças, um estádio, administradores, advogados, e incontáveis processos que possibilitam que a bola role e o público tenha o deleite de uma partida de futebol.

Ou seja, o futebol não se faz sozinho. Para a bola entrar e ter o grito de gol muitas pessoas precisam agir e trabalhar arduamente.  O futebol não se sustenta mais como algo lúdico, ele precisa de profissionalismo, de gestão e gerência, afinal, por trás da bola existem atores e vetores que merecem atenção. Em suma, o negócio futebol não aceita mais o egoísmo, precisando olhar para além das equipes em todos os demais agentes.

Para que seja atingido o profissionalismo não se pode admitir uma arbitragem que não seja de fato de fato uma profissão, com pessoas que se dediquem exclusivamente para essa atividade. Importante frisar que não se faz uma crítica para a arbitragem, mas sim para aqueles que não renegam de forma reiterada a profissionalização desta profissão que é fundamental para o negócio futebol.  Ainda sobre a arbitragem, é óbvio que mesmo com uma maior profissionalização estamos falando de pessoas, que podem errar, sendo o erro possível e por vezes admitidos, contudo, o que se espera é que a profissionalização crie subsídios para que essas pessoas possam exercer o seu ofício de maneira mais capacitada o que de fato reduziria erros banais e evitáveis.

Igualmente, o negócio futebol não admiti mais amadorismo na condução das atividades do futebol, federações, ligas, e demais organizadores de eventos desportivos e reunião de equipes precisa ter gestão correta, ética, com um compliance rígido, especialmente aplicado para o combate de possíveis desvios de finalidade, agindo em prol da competição e do desenvolvimento da atividade futebol. Nessa toada, essas entidades de organização do desporto não podem suprir os Tribunais de Justiça Desportiva com ausência de subsídios para a prática do ofício que é de grande responsabilidade para o controle de excessos no futebol, sendo meio de coerção e atuação pedagógico possibilitando que o futebol se desenvolva respeitando a lei. Assim, preponderando que os agentes da justiça desportiva sejam capacitados para seu mister, sendo, inclusive, estudado um plano de remuneração para tais atividades.

Por derradeiro, e mais uma vez como uma forma exemplificativa não se pode admitir a interferência de terceiros, como torcedores na gestão do futebol, em especial com o cometimento de excessos, sendo fundamental que exista um distanciamento destes terceiros com a gestão do futebol, sob pena de ocorrência de erros caros e que podem implicar na consecução do negócio futebol.

Com tais exemplos insta frisar que a SAF é uma consequência do produto futebol e por tal razão está adstrita a tudo que pode ocorrer no futebol, sendo possível perceber que a SAF é só um dos agentes do desporto, que para que seu objetivo seja atingido é importante que sejam, também, analisados e profissionalizados os demais agentes, sob pena da SAF ser só mais tentativa, sem êxito, de desenvolvimento do futebol no Brasil.

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