O episódio ocorrido em Amsterdã, envolvendo hooligans do Maccabi Tel Aviv e torcedores do Ajax, trouxe à tona um debate urgente: o preconceito israelense contra os palestinos e o papel das arquibancadas como espaço de resistência e proteção da liberdade.
A tensão começou quando os hooligans retiraram bandeiras palestinas e gritaram palavras de ordem contra árabes, em um ato claro de racismo e intolerância.
A resposta veio de forma contundente e simbólica. Torcedores do Ajax, conhecidos por sua relação histórica com movimentos progressistas e militantes da solidariedade, reagiram em legítima defesa, protegendo não apenas as bandeiras, mas a mensagem que elas carregam: a luta por liberdade e dignidade para o povo palestino.
O preconceito contra os palestinos não é algo novo. É resultado de décadas de ocupação, violência e desumanização, muitas vezes legitimadas sob discursos de segurança e poder.
Esse preconceito, no entanto, não se restringe aos campos políticos ou militares — ele transborda para os campos esportivos, tornando-se evidente em atitudes como as vistas em Amsterdã.
O futebol, mais uma vez, revelou seu poder como um reflexo da sociedade e como palco de resistência. As arquibancadas, tomadas por torcedores do Ajax, mostraram que o esporte também pode ser um espaço de luta contra a intolerância.
Ao se posicionarem contra o racismo e em defesa da liberdade de expressão representada pelas bandeiras palestinas, esses torcedores reafirmaram que o futebol não deve ser um terreno fértil para discursos de ódio.
A postura dos torcedores do Ajax serve como um lembrete de que a neutralidade, diante de atos de opressão, é uma escolha que favorece o opressor.
Resistir é necessário. Seja nos campos de futebol, seja nas ruas, defender a liberdade, a dignidade e os direitos humanos é uma responsabilidade que cabe a todos.
Que o exemplo de Amsterdã ecoe por estádios ao redor do mundo e inspire outros torcedores a usarem suas vozes e gestos para proteger a liberdade.
O futebol, afinal, pode ser mais do que um jogo — pode ser um campo de resistência.
Nos siga nas redes sociais: @leiemcampo