Tempos difíceis exigem pessoas de coragem. Durante a Segunda Grande Guerra “voz do Reino Unido” durante a Segunda Guerra, Winston Churchill a teve papel fundamental na ação dos aliados para derrotar os alemães. Joana D’Arc foi uma verdadeira heroína que garantiu substanciais vitórias ao exército francês durante a Guerra dos Cem Anos.
O mundo enfrenta um momento muito peculiar que para muitos sociólogos é o grande marco de início do século 21, a pandemia causada pelo coronavírus.
Em março, logo quando constataram os primeiros casos no Brasil, os campeonatos estaduais foram suspensos. Quatro meses depois, a vacina não foi feita, os casos e as morte só aumentam, a desemprego aumenta e a economia claudica. Não obstante, as pessoas começaram a sentir que precisam voltar, que precisam produzir, que, apesar de todos os cuidados e cautelas, a vida precisa voltar.
O filósofo Adrilles Jorge, comentarista da Rede Jovem Pan cunhou a frase: “Prudência demais é covardia.”. Em outras palavras, devemos ser prudentes, mas não se pode deixar de viver pelo medo. Como cantou Humberto Gessinger, “tudo que se move é um avo”. O risco é inerente à vida e precisamos enfrentá-la.
O futebol acompanhou esse movimento e medidas começaram a ser pensadas, organizadas e estruturadas para a volta. Nesse momento, surge o corajoso Rubens Lopes, médico e presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj).
Contra a opinião pública, o Dr. Rubens Lopes encampou a criação do “Jogo Seguro”, que, segundo destacou, foi debatido, elaborado, aprovado com a participação dos médicos de todos os clubes, de especialistas, de experts, com bases puramente científicas, com fundamentos nas ciências médicas, elogiados por órgãos governamentais até por se constituir num bom serviço à sociedade deve ser um bom exemplo a ser seguido.
Assim, o Campeonato Carioca voltou, terminou e mostrou a todo o Brasil que sim, era possível a volta de forma segura. Na sequência, e após ao término do Carioca, outros grandes estaduais como o Mineiro, o Paulista e o Gaúcho também retornaram.
A Ferj teve a coragem de enfrentar a lacração e o cancelamento das redes sociais e abriu, definitivamente, o espaço para o retorno do futebol no Brasil. A própria CBF, após a experiência bem sucedida do Rio de Janeiro, divulgou a data de início do Brasileirão.
O mundo precisa de pessoas e líderes com coragem para decisões não ortodoxas e necessárias. Se hoje o futebol brasileiro respira, é porque a presidência da Ferj teve a coragem necessária para puxar a fila.