A final da Conferência Nacional (NFC) da NFL (National Footbal League), entre New Orleans Saints e Los Angeles Rams, terminou no último domingo com a vitória dos Rams. Com o triunfo, a equipe californiana garantiu a presença no Super Bowl LIII, contra o New England Patriots. Mas, se depender do advogado Frank D’Amico Jr., o jogo está longe de acabar.
Ele entrou com uma ação nesta terça-feira contra a NFL e o comissário da liga, Roger Goodell. D’Amico se baseia na Regra 17, sessão 2, artigos 1 e 3 do livro de regras da liga.
O artigo 1 da Regra 1 fala que “o comissário tem a autoridade de investigar e tomar a atitude disciplinar necessária e as medidas corretivas se qualquer ação dos clubes, interferências ou calamidade acontecer em um jogo da NFL em que o comissário possa julgar que tenha havido injustiça extraordinária e que ela tenha tido efeito sobre o resultado do jogo”.
Já o artigo 3 diz que “o poder do comissário sob a sessão 2 inclui a reversão do resultado de um jogo ou a remarcação da partida, seja desde o começo, seja do ponto em que o ato extraordinário aconteceu”.
D’Amico pede que a partida seja reiniciada no momento em que o árbitro não marcou a interferência de Nickell Robey-Coleman, dos Rams, em Tommylee Lewis, dos Saints. O lance aconteceu já dentro dos dois minutos finais do jogo e provavelmente teria mudado a história da partida. Se tivesse sido marcada a falta, a equipe dos Saints poderia ajoelhar três vezes na bola, fazendo o relógio andar, e então teria de chutar um field goal. Se acertasse o lance, teria a vaga no Super Bowl LIII. Como a interferência não foi marcada, a partida foi para a prorrogação, quando os Rams acertaram um field goal que garantiu a franquia no Super Bowl.
O advogado, que representa os proprietários de ingressos para os jogos dos Saints, afirma na ação que os torcedores da equipe de Nova Orleans estão sofrendo de “angústia mental e trauma emocional, perda de fé na NFL, perda de prazer da vida, perda de entretenimento e desconfiança no jogo”.
A NFL tem o recurso de vídeo para revisar jogadas polêmicas, e funciona na base do desafio: os técnicos pedem que a jogada seja revista. Mas isso não é possível em jogadas de interferência de passe. Agora a NFL estuda dar aos técnicos, a partir da próxima temporada, a chance de desafiar jogadas como essa.
Abaixo, comunicado do advogado Frank D’Amico Jr.