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Alvo de críticas por escolha do Qatar, FIFA discute cooperação com OIT para prevenção de abusos de direitos sociais e trabalhistas

Após diversas críticas pela escolha do Qatar como sede da Copa do Mundo de 2022, o presidente da FIFA, Gianni Infantino, e o diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho (OIT), Gilbert Houngbo, estão discutindo uma “futura cooperação” para prevenir abusos de direitos sociais e trabalhistas em obras dos Mundiais futuros. A informação foi divulgada pelo ‘ge’.

Em entrevista concedida à agência de notícias ‘AFP’, Houngbo contou que a OIT propõe fazer uma “revisão diligente” em matéria de direitos sociais dos países candidatos a sediar a Copa do Mundo e se mostrou otimista quanto a um possível acordo com a FIFA.

“Todas as conversas que tivemos até agora me levam a crer que a Fifa está mais que decidida a se assegurar que, nas próximas Copas do Mundo, a questão social e de respeito às normas de trabalho seja crítica. O mundo ganharia se o processo de candidatura e adjudicação da organização do Mundial, assim como nos Jogos Olímpicos ou outros esportes, tivesse em conta a situação dos países em questão”, disse o diretor-geral da OIT.

A OIT é um membro da Organização das Nações Unidas (ONU) especializado na questão trabalhista e focada na fiscalização do cumprimento de convenções e recomendações internacionais.

“Estamos conversando com a OIT há vários anos e queremos garantir que nossa cooperação frutífera continue no futuro. O fortalecimento da relação entre a Fifa e a OIT também é parte do legado do Mundial de 2022”, declarou Infantino em um comunicado oficial.

Bastante criticada pela mídia internacional e entidades de defesa dos direitos humanos, o Qatar alega que acabou com a ‘kalafa’, adotou um salário mínimo de 1.000 riales (R$ 1.443) e limitou as horas de trabalho durante os períodos mais quentes do dia.

Segundo um relatório do jornal britânico ‘The Guardian’, cerca de 6,5 mil trabalhadores migrantes morreram no Qatar, sendo esse o maior número de mortes já registrados na preparação para uma Copa do Mundo. O tabloide cita ainda que o país do Oriente Médio teria rejeitado os pedidos para indenizar os trabalhadores mortos ou feridos nas obras.

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