A Associação Nacional dos Árbitros de Futebol (ANAF) enviará nesta sexta-feira (10) um ofício à CBF pedindo a demissão do presidente da comissão nacional de arbitragem, Wilson Luiz Seneme, e toda a sua comissão, em meio a acusações sobre suposta manipulação de resultados no futebol brasileiro.
Segundo o documento, “há um senso comum de que a arbitragem brasileira atravessa o pior momento de sua história”.
Além disso, a ANAF critica pontos como falta de transparência e projeto de capacitação, falta de critério para formar escalas e analisar o desempenho e até a baixa participação de mulheres no apito em jogos da elite do Brasileirão.
Confira a íntegra do comunicado da ANAF:
Diante dos últimos acontecimentos envolvendo a arbitragem brasileira, que chegou ao CTI sem sinais de melhora, a Associação Nacional dos Árbitros de Futebol – ANAF, vai enviar hoje, à CBF, um ofício pedindo a imediata demissão de Wilson Seneme e toda a sua comissão.
Há um senso comum no Brasil de que a arbitragem brasileira atravessa o pior momento de sua história e a saída do atual diretor de arbitragem da CBF pode ser o caminho para que os árbitros voltem apitar sem medo e com qualidade no campo de jogo.
Recebo todos os dias ligações de profissionais de arbitragem de todo país insatisfeitos com a atual gestão. Não há projeto e transparência. Falta também critério nas escalas e respeito por muitos profissionais, inclusive pelas mulheres que na gestão “Seneme” praticamente sumiram da Série A do Campeonato Brasileiro.
A cada rodada, a arbitragem erra e não há, por parte da comissão, alguém que estimule a aproximação de critérios, tampouco realize treinamentos contínuos para melhorar o nível apresentado nessa temporada.
Em face desse show de horrores, iremos pedir que o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, exonere, imediatamente, o presidente da comissão de arbitragem e todos os membros de sua pasta e contrate alguém que pelo menos o mínimo consiga fazer, já que assim como ocorreu enquanto era diretor de árbitros da Conmebol, Wilson Seneme fracassou e precisa deixar o cargo antes que o estrago institucional seja ainda pior.
Crédito imagem: Lucas Figueiredo/CBF
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