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Analista de desempenho

Com a aproximação da abertura da janela de transferência para o futebol europeu, as equipes brasileiras se preparam para perder alguns talentos e buscar novos jogadores para a sequência da temporada nacional. Porém, nem sempre as contratações são o que o clube estava precisando.

Já faz algum tempo que surpresas acontecem no esporte. Times que contam com elenco diferenciado, altos investimentos na estrutura e técnicos com histórico de títulos podem cair diante de outro time que não conta com todos esses diferenciais. O esporte, em especial o futebol, tem mostrado que essas situações cada vez menos podem ser chamadas de zebra. Afinal, muitas vezes pode ser um desrespeito a quem trabalhou muito para alcançar tal façanha.

Frequentemente, em vez de atribuir à sorte o resultado inesperado, é preciso aplaudir a equipe que está por trás do feito, em especial o analista de desempenho.

Figura já bastante consolidada no futebol europeu há bastante tempo, ele vem conquistando no Brasil espaço de destaque. Tem sido um profissional cada vez mais procurado, consultado e exigido nesse esporte que já deixou de ser sinônimo apenas de talento e passou a ser muito mais complexo e completo.

Em todas as relações de conflitos, seja no mundo corporativo, seja no mundo da bola, informação sempre foi uma arma importantíssima para se ter êxito – não só dados sobre o seu adversário, mas também informações sobre o seu próprio time. O meu time está 100%? A melhor estratégia é cruzamento na área ou tocar a bola pelo meio? Quais características precisa ter o jogador que irei contratar para manter o rendimento nos jogos? Tenho atletas que não se encaixam no meu estilo de jogo? Essas e muitas outras perguntas, quem irá ajudar a responder é o analista de desempenho.

Presente no futebol europeu desde os anos 1990, a análise de desempenho tem sido uma ferramenta tanto de aprimoramento interno dos clubes como de estudos táticos e técnicos de seus adversários. Tanto clubes como seleções da Europa contam com grandes departamentos de análises, com, em média, 20 profissionais por equipe. Parte do sucesso do futebol na Europa nas últimas décadas se dá a partir do investimento nesse profissional, assim como na estrutura e na inteligência do departamento que ele irá comandar.

No Brasil a história é outra. Na maioria dos clubes, onde o futebol de alto rendimento é prioridade, o departamento de análise de desempenho conta com, em média, dois profissionais de inteligência. O futebol brasileiro está começando a perceber que o esporte é jogado por 11 jogadores, que precisam de passes em sincronia, táticas de ataque, defesa e transição, deixando de depender apenas das habilidades que sempre tivemos.

Muito mais do que só pegar números e colocar no computador, o profissional de análise de desempenho precisa ter grande conhecimento técnico e científico. Seu conhecimento precisa ser aprofundado, pois, com papel de destaque nas comissões técnicas, ele precisa ainda transmitir informações aos técnicos e atletas da forma mais clara possível.

Analistas de desempenho de grandes clubes vêm sendo consultados por técnicos, preparadores físicos, fisiologistas, médicos, gerentes de futebol, empresários e pelos próprios atletas. Jogadores de ponta já se convenceram da importância da análise no futebol e cada vez mais estão buscando esses profissionais para tentar superar seus limites.

Portanto, é importante que as equipes busquem reforços que tenham características que se encaixem no time, e não alguém a quem o time todo precisará se adaptar.

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