Menos de uma semana depois de ver o Ministério Público de Contas do Distrito Federal (MPC-DF) questionar os termos contratuais e o valor destinado pela parceria com o Flamengo, o Banco Regional de Brasília (BRB) acertou um investimento de R$ 6 milhões no futebol brasiliense pelos próximos três anos.
As negociações entre a instituição financeira e os clubes começaram duas semanas atrás e tiveram a Secretaria de Esportes e Lazer do Distrito Federal como intermediadora das conversas. Brasiliense e Gama, os dois clubes de Brasília que vão disputar a Série D do Campeonato Brasileiro deste ano, eram os mais insatisfeitos com a cessão de R$ 32 milhões por ano ao rubro-negro carioca.
O acordo deve envolver tanto os times profissionais quanto amadores, e pode incluir também a compra do naming rights do Candangão, o campeonato local da primeira divisão. Segundo o banco, “o programa de incentivo está sendo construído em conjunto com os times do DF e com a Secretaria de Esportes”.
O MPC-DF quer apurar se houve violação ao princípio da impessoalidade, da isonomia e, também, do interesse público. Em acréscimo, às queixas ainda se dirigem à falta de patrocínio ao esporte local; ao momento vivenciado pelo esporte olímpico brasileiro e à crise causada pela covid-19, nesse caso, citando o fato de que o volume de recursos envolvido no patrocínio é semelhante aos valores repassados pelo governo federal, para o enfrentamento ao novo coronavírus, no Distrito Federal.
“O BRB acredita que o fornecimento da documentação ao Ministério Público de Contas permitirá o esclarecimento e a compreensão do escopo da parceria com o Flamengo e os benefícios gerados ao BRB da criação de um banco digital. A expectativa é que a parceria gere lucro substancial ao Banco, o que resultará, consequentemente, em ganhos para o DF”, informou o banco.
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