Em uma partida válida pela segunda divisão do Campeonato Paulista, o vestiário dos árbitros foi invadido, e pertences do trio foram furtados. O jogo era entre Matonense e Catanduvense, na cidade de Matão, e aconteceu no domingo (28).
Alceu Lopes Junior, árbitro, e os assistentes, Gabriel Fleming e Veridiana Bisco, tiveram um prejuízo de R$ 310. A diretoria da Matonense informou que iria buscar suspeitos nas imagens das câmeras de segurança. Um boletim de ocorrência foi registrado.
O árbitro da partida, Alceu Júnior, em contato com a reportagem, relatou como foi o atendimento após o ocorrido. “Quando a diretoria da Matonense soube do ocorrido, se prontificou a resolver a situação. Mas isso leva tempo. Tenho certeza de que quem cometeu isso não tem nada a ver com o clube ou a diretoria da Matonense, nem mesmo com o futebol”, relatou.
O Estatuto do Torcedor diz que a segurança do trio de arbitragem é de responsabilidade do mandante do jogo, e a organizadora do evento, Federação Paulista de Futebol, também tem obrigações com o trio. “Podemos aplicar com base no Direito Civil e no Estatuto do Torcedor a responsabilidade da Federação, em solidariedade com o clube mandante, que seriam os responsáveis pela segurança no local”, explica o advogado Gustavo Lopes.
“O clube pode ser punido com a responsabilidade civil e, também, pela Justiça Desportiva com perda da mando de campo por ausência de segurança”, analisa Lopes.
O trio de arbitragem ainda não foi ressarcido por suas perdas. Invasão de vestiário é algo grave. Para Caio Medauar, advogado, a Matonense é a responsável por ressarcir os danos. “Considero isso desordem ou dano por omissão. Seja como for, o mandante tem que indenizar o trio de arbitragem pelos prejuízos”, completou.
Por Zeca Cardoso