O Campeonato Espanhol registrou mais um caso de racismo neste final de semana. No sábado (30), o argentino Marcos Acuña, do Sevilla, foi chamado de “macaco” por um grupo de torcedores do Getafe.
O jogador alertou o árbitro Javier Iglesias Villanueva e um dos assistentes, que acionaram o protocolo para casos desse tipo. A partida foi paralisada aos 23 minutos do segundo tempo e o sistema de som do estádio alertou os torcedores.
Capitão do Sevilla, o zagueiro Sérgio Ramos falou sobre o ocorrido após a partida:
“Temos pedido respeito no futebol, e que as pessoas não venham aos jogos achando que podem fazer o que quiserem e falar idiotices. É preciso identificá-los e proibir a sua entrada. Esse esporte deveria unir, e não separar. Essas pessoas não pertencem ao futebol”, disse.
O perfil oficial do Sevilha condenou os insultos que, além de Acuña, incluía a comissão técnica como vítimas. Por sua vez, a La Liga anunciou que “condena firmemente qualquer gesto de racismo e continuará a trabalhar até que estes comportamentos intoleráveis sejam erradicados do nosso esporte”.
O árbitro registrou na súmula da partida o caso.
“No minuto 68 tive de interromper a partida por insultos racistas voltados para o jogador de número 19 da equipe visitante, como “Acuña macaco” e “Acuña descende de macacos” vindo de torcedores situados na zona central do campo, posicionados atrás do árbitro assistente número 2. Foi iniciada uma mensagem de som no estádio. O jogo ficou interrompido por cerca de dois minutos e meio, e depois não houve mais nenhum incidente deste tipo no restante do jogo”, registrou.
Crédito imagem: Reprodução/Twitter
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