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As novas tendências e tecnologias, e suas respectivas revoluções na indústria do esporte

O esporte e suas constantes transformações. No girar desta roda, o caminho trilhado é o da globalização. Movimento que ganhou força por aqui depois da Lei 14.193/21, a Lei da SAF, que permitiu que as associações esportivas se tornassem clubes-empresas.

O Brasil, então, entrou de vez na mira dos grandes investidores internacionais que detêm o controle de várias equipes. O Grupo City, que surgiu em 2013, é hoje o proprietário ou acionista majoritário de 12 clubes no mundo. E essa lista pode aumentar caso a negociação com o Bahia se concretize, como já aconteceu com o Botafogo, Cruzeiro e Vasco, administrados atualmente por donos de outros clubes pela Europa.

O fenômeno de um mesmo gestor para mais de um clube é chamado de Multi-Club Ownership, ou “Multipropriedade de Clubes” numa tradução livre para o português. E vem ganhando força porque possibilida a diversificação do portifólio de negócios e a expansão da marca, além de exposição global, poder e influência sobre a sociedade.

O advogado e jornalista Andrei Kampff  lembra que “o esporte se transformou também em um grande negócio, mas não deixou de ser esporte. Entender os novos tempos, possibilidades e caminhos economicamente necessários é fundamental, assim como manter os princípios do jogo. Encontrar um caminho que permita o investimento de um grande grupo no esporte preservando a indispensável integridade esportiva é o desafio nesse cenário de multi ownership.”

Quais as atribuições jurídicas necessárias para essa nova forma de administração? E os desafios e vantagens para os clubes? Temas como estes estarão em debate na Brasil Futebol Expo 2022, maior feira do futebol da América Latina que vai acontecer em São Paulo entre os dias 4 e 8 de setembro.

As novas tecnologias, bem como a revolução que elas podem proporcionar no universo do esporte, também estarão em pauta. A Web3, por exemplo, afetará o modo como as pessoas se relacionam com a internet e pode ser um elemento essencial para abertura de novos mercados digitais esportivos.

“Pode auxiliar em questões problemáticas relacionadas à marketing e patrocínios, além do incremento dos eventos em si e da atratividade maior para um público novo, os jovens interessados em esportes e jogos digitais”, explica a advogada Mariana Rosignoli.

Com esta “ferramenta” deixa-se de se atuar em um mercado local para muitas vezes ganhar escalas globais, com a possibilidade de mais players envolvidos. Os tokens relacionados a direitos de atletas, as cryptos envolvidas em eventos e uma nova gama de patrocinadores interessados em entrar no “jogo”.

A Web3, vai gerar uma gama de dados e análises que interessa a muitos mercados. Desde empresas de apostas e investimento a produtos tradicionais que desejam modernizar seus conceitos para ampliar alcance de público.

“Por outro lado, parece ser um conceito complexo em relação à possibilidade de acesso àqueles não imersos no meio digital e que não tenham aparelhos específicos necessários. Além disso, diante da complexidade de regulamentação em mercados como o Brasil, a tecnologia pode chegar defasada, gerando dificuldades no monitoramento e o aumento de cybercrimes relacionados, que podem de alguma maneira atrapalhar essa usabilidade no meio esportivo”, alerta e finaliza Mariana Rosignoli.

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