Daniel Martins foi eleito “Atleta do Mês” das Américas em abril, depois de receber 49% dos votos do público na eleição organizada pelo Comitê Paralímpico das Américas (APC, em inglês). O corredor brasileiro quebrou o recorde mundial nos 400m, da classe T20, durante o Open Internacional Loterias Caixa, no CT Paralímpico, em São Paulo, o que é um ótimo resultado antes dos Jogos Parapan-Americanos de Lima e do Campeonato Mundial.
A nadadora Daniela Gimenez, mesmo com apoio maciço argentino, ficou com o segundo lugar dessa vez, com 39% dos votos. A atleta colombiana Maria Teresa Restrepo, a saltadora paraguaia Marion Serrano e Daniel Romanchuk, maratonista norte-americano, também foram indicados.
A votação é promovida mensalmente pela entidade com os competidores do continente que mais se destacaram em cada mês.
Daniel Martins, 23 anos, estabeleceu um novo recorde mundial durante o Open Internacional Loterias Caixa de Atletismo, realizado no último final de semana de abril, no CT Paralímpico, em São Paulo.
Essa foi uma das seis novas melhores marcas do planeta registradas no evento realizado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. A competição contou com a participação de 602 atletas de 20 países no atletismo e na natação.
O velocista Daniel Martins, da classe T20, para atletas com deficiência intelectual, correu os 400m em 46s86 e superou seu próprio recorde de 47s22, registrado nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. O vice-campeão da prova foi o venezuelano Luis Felipe Rodrigues, também da classe T20, com a marca de 47s81.
“Foi uma sensação gostosa. Eu não planejava bater o recorde, mas não podia deixar o venezuelano vencer na minha casa. Foi a primeira vez que o vi, mas sabia que era um adversário forte. Na sexta, eu já havia feito o índice A, que era a meta. Agora, o foco é o Parapan de Lima, vou acertar os erros e quem sabe fazer outra marca boa”, disse Daniel, citando a competição na capital peruana, a partir de 23 de agosto.
Natural de Marília, no interior de São Paulo, Daniel foi diagnosticado com deficiência intelectual por apresentar dificuldade no aprendizado. Começou no esporte por meio do futebol. Em 2013 migrou para o atletismo paralímpico. O velocista fez estreia em competições no Mundial de Doha, em 2015, quando faturou a medalha de ouro nos 400m. Sagrou-se campeão paralímpico no Rio 2016 e repetiu o feito no Mundial da modalidade no ano seguinte.
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Foto: Wagner Carmo/CPB/Exemplus