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Benfica e Santa Clara são alvos de buscas em investigação do Ministério Público de Portugal

A Unidade de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária de Portugal realizou, na manhã desta segunda-feira (9), buscas ao Benfica, Santa Clara, Sporting e dirigentes e prestadores de serviços das SAD envolvidas. A informação foi divulgada primeiramente pelo jornal O Jogo.

De acordo com o Ministério Público são 29 buscas ao todo: oito domiciliárias, uma a fundação, seis a instalações de três sociedades esportivas, nove a outro tipo de sociedade, três a dois clubes desportivos e duas a escritórios de advocacia.

Os principais alvos da operação são os presidentes do Benfica e Santa Clara, Luís Filipe Vieira e Rui Cordeiro, respectivamente, sob suspeita de crimes como corrupção esportiva.

Empresários ligados à Luís Filipe Vieira são investigados por subornar atletas de clubes adversários, entre eles o Marítimo e Rio Ave, para que prejudicassem as suas equipes em campo nos jogos contra o Benfica.

O Santa Clara está sendo investigado pela negociação com três jogadores líbios: o ponta esquerda Hamdou Elhouni, o volante Mohamed Al-Gadi e o meio-campo Muaid Ellafi. Os três atletas passaram pelo clube pouco tempo atrás e Elhouni foi emprestado e depois cedido ao Benfica a custo zero.

Em nota, o Ministério Público detalhou os principais crimes investigados:

“Nos inquéritos investigam-se fatos suscetíveis de integrarem crimes de participação econômica em negócio ou recebimento indevido de vantagem, corrupção ativa e passiva no fenômeno desportivo e fraude fiscal qualificada. Estão em causa negócios de diversa natureza, todos relacionados com o futebol profissional e relativos, nomeadamente, a contratos de parceria de cooperação financeiro-desportiva e respectivos aditamentos bem como a acordos de alteração de contrato de parceria”

“As investigações incidem igualmente sobre o envolvimento de outros tipos de sociedades (algumas ligadas ao setor imobiliário), o pagamento em dinheiro de dois prêmios de jogo, a satisfação de dívidas pessoais de dirigentes, a utilização por estes de valores dos clubes e a omissão declarativa de operações fiscalmente relevantes”, completou a nota.

Crédito imagem: Benfica/Divulgação

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