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Bolsonaro x Lula: Projetos para o esporte

A campanha eleitoral que definirá o Presidente do Brasil pelos próximos quatros anos já começou e, como era esperado, as eleições estão polarizadas entre o atual Presidente Jair Messias Bolsonaro e o ex-Presidente Luis Inácio Lula da Silva.

Apesar de muitos eleitores tratarem a política como o esporte e agir como torcedores, é necesário conhecer os planos de governo dos candidatos e votar com a razão e não movidos a simpatias ou antipatias pessoais.

Jair Messias Bolsonaro encabeça a chapa “Pelo Bem do Brasil” tem seus planos para o quadriênio 2023-2026 descritos em 48 páginas. Em seu plano de Governo, Bolsonaro usa a palavra “esporte” 13 vezes.

O Plano afirma que “A promoção da cultura, do esporte e do lazer contribuem com o bemestar, a coesão social e geração de oportunidades de emprego e renda. (p. 22)”e propõe “Ampliar e Fortalecer a Política Nacional de Esporte e do Fomento do Exercício Físico”.

O atual Presidente afirma que seu Governo consolidou o esporte como importante instrumento de promoção de direitos humanos e sensibilização da população quanto às suas violações por meio do Programa Integra Brasil.

No esporte de base, o plano afirma que, por meio do fortalecimento da plataforma de esporte educacional, foi oportunizada aos alunos a participação em grandes competições nacionais, como os Jogos Escolares Brasileiros (JEB’s), que ocorreram em 2021 e não aconteciam desde 2004.

Segundo a chapa, o JEB´s movimentou cerca de 6 mil estudantes-atletas, de 12 a 14 anos, de todos os 27 estados da federação.

JB defende que  o esporte de alto rendimento vem evidenciando resultados expressivos na história do país, com a maior quantidade de contemplados com o Bolsa Atleta (7.248 atletas) e a melhor campanha dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos.

Afirma, ainda, que as obras de infraestrutura esportiva tem sido uma prioridade para o atual Governo, uma vez que até meados de 2022, foram entregues 4.307 obras de infraestrutura, o que seria recorde no âmbito da administração federal no campo do esporte.

Bolsonaro informa que a Lei de Incentivo ao Esporte alcançou recordes de captação nos últimos dois anos, recursos aplicados em projetos que atenderam crianças, adolescentes, jovens, adultos e pessoas idosas.

O plano taz como meta aumentar o alcance dos projetos de incentivo em todo território nacional e capacitar entidades proponentes em locais de maior vulnerabilidade social são algumas das metas para o nosso próximo mandato.

Segundo o atual Presidente, a equidade do acesso de pessoas com defi ciência às práticas esportivas como ferramenta de inclusão social, educação e socialização é destaque da atual gestão. Nesse esteio, traz como meta  difundir o Paradesporto para garantir a inclusão social e o pleno direito à cidadania da pessoa com deficiência ao mundo do esporte.

Jair Bolsonaro, que é educador físico por formação, aduz que a regulamentação da profissão de Educação Física reafirma o compromisso do Governo Federal com a qualidade de vida da população, garantindo o acesso à prática esportiva qualificada exercida pelos profissionais de educação física.

Finalmente, o plano promete que novo mandato terá compromisso com a aprovação do Plano Nacional do Desporto e com o fortalecimento do Sistema Nacional do Desporto, pilares da política esportiva no nosso país.

Luis Inácio Lula da Silva encabeça a chapa “O Povo Feliz de Novo” que tem seus planos para o quadriênio 2023-2026 descritos em 62 páginas. Em seu plano de Governo, Lula usa a palavra “esporte” 29 vezes.

Segundo o plano, cultura, esporte, lazer e assistência social são direitos constitucionais que devem gerar sistemas nacionais, a exemplo do SUAS (Sistema Único da Assistência Social), que será defendido e promovido por Lula, ou do Sistema Único do Esporte a ser criado em nosso próximo governo.

Lula promete ampliar a participação da União no ensino médio, de modo a transformar as escolas em espaços de investigação e criação cultural e em polos de conhecimento, esporte e lazer, garantindo educação integral.

O ex-Presidente aduz que fará a repactuação federativa de modo a ampliar e qualificar a prestação de serviços públicos em educação, saúde, empregos, esporte e lazer, entre outras. Promete, ainda, intensificar o diálogo da cultura com outros campos, como a educação, a ciência e tecnologia, a comunicação, o esporte, a saúde, a economia e o turismo.

Segundo o plano de governo, o esporte é um direito social previsto na Constituição que, como instrumento de formação educacional e integração social contribui para a convivência em comunidade e para a vida saudável, construindo a cidadania. Defende que o esporte manifestação cultural que corresponde a um dos pilares constituintes da identidade brasileira.

Lula tem no esporte potente âncora econômica, com força para gerar riquezas e empregos, sendo historicamente um importante fator de desenvolvimento social e inserção das minorias. Sua capacidade de mobilizar crianças, adolescentes e jovens permite a implementação de ações transversais nas áreas de educação, saúde e segurança cidadã.

Luis Inácio defende que os governos Lula e Dilma investiram muito no esporte e destaca a criação da Bolsa Atleta, a aprovação da Lei de Incentivo ao Esporte, a recuperação da vocação esportiva das Forças Armadas e dos Clubes Esportivos Sociais, a recuperação dos equipamentos esportivos da maioria das modalidades esportivas, além da organização dos grandes eventos esportivos.

O plano aduz que, por decisão do então Presidente Lula, o esporte paralímpico passou a ser valorizado, recebendo a mesma atenção que os esportes olímpicos que teve como resultado, a inserção de  milhares de jovens com deficiência que encontraram oportunidade de vida no esporte, transformando o Brasil em uma potência no esporte paralímpico e revelou valorosos exemplos de sucesso criando uma geração de novos ídolos.

Lula defende que, na mesma linha, a Presidente Dilma apoiou a construção do Centro Paralímpico Brasileiro, um dos mais modernos do mundo, além de garantir a ampliação do financiamento ao esporte paralímpico.

O ex-Presidente destaca que novos recursos permitiram ao Comitê Paralímpico Brasileiro a gestão do Centro em altíssima qualidade, criando um dos maiores casos de sucesso na gestão do Legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

A Copa do Mundo FIFA 2014 e os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, segundo Lula, induziram investimentos urbanos, modernizaram a infraestrutura esportiva, geraram investimentos em aeroportos e na economia do turismo.

O ex-Presidente aduz que em um período de pouco mais de uma década em Governos de seui partido, o Brasil superou o atraso da infraestrutura esportiva e criou um dos mais importantes conjunto de equipamentos esportivos do mundo.

O plano destaca que os grandes eventos esportivos mostraram ao planeta que, fora de campo, somos capazes de receber povos do mundo todo.

Lula  destaca que se lembra com orgulho e nostalgia das imagens da convivência dos brasileiros com torcedores de todas as partes do planeta, em um ambiente de festa e com absoluta segurança.

Segundo o ex-Presidente, ps grandes eventos deixaram lições e, por isso, é preciso continuar atraindo eventos internacionais para aproveitar a vantagem competitiva gerada pela qualidade das novas instalações esportivas.

Luis Inácio defende que é tarefa urgente reverter o sucateamento de parte das estruturas criadas e retomar os investimentos em manutenção, operação e construção, abandonados em grande parte pelo governo golpista, bem como recuperar o projeto original de Legado dos Parques Olímpicos do Rio, articulando a Rede Nacional de Treinamento é tarefa de curto prazo.

O ex-Presidente Lula entende que o desenvolvimento do esporte deve ser tratado como política de Estado e, por isso, proporá ao país um grande debate para a criação do Sistema Único do Esporte, definindo o papel da União, Estados, DF, Municípios e das entidades esportivas na oferta de políticas de esporte (sistema quadripartite), a exemplo do que ocorre na saúde, como SUS. A governança desse Sistema deve assegurar a participação e controle social e a otimização dos recursos públicos.

O plano promete que, para promover um grande salto na gestão do esporte brasileiro, o governo vai implementar a Universidade do Esporte, articulando ensino, pesquisa e extensão, visando a formação de profissionais de nível internacional voltados para toda a cadeia produtiva do esporte, gestão esportiva, saúde, pesquisa e políticas públicas.

Lula destaca que o futebol expressa a própria identidade nacional e será foco de importantes políticas públicas voltadas para a transparência, a boa gestão e o fortalecimento do mercado brasileiro.  Nesse sentido, por meio do BNDES, o governo implementará o Programa de Modernização da Gestão do Futebol, além de apoiar a construção de um calendário unificado que garanta atividade anual permanente para todas as séries e campeonatos. Apoiará também a estruturação a nível nacional do futebol feminino.

Ademais, o governo federal vai contribuir para a viabilização das Arenas da Copa nos Estados, estimulando a promoção de eventos e gerando, no curto prazo, milhares de empregos. O futebol se tornará vetor de desenvolvimento e promoção das capacidades do país. O governo Lula investirá em todas as práticas esportivas, tais como vôlei, basquete, natação e esportes radicais, tanto no esporte amador quanto no de alto rendimento.

Finalmente, Lula promete relançar e aperfeiçoar o Plano Brasil Medalhas, bem como realizar investimentos na Rede Nacional de Treinamento. Serão retomados os investimentos na infraestrutura de equipamentos esportivos, sobretudo reforma e requalificação de quadras nas escolas. O foco será nos equipamentos voltados às juventudes e na acessibilidade para pessoas idosas e com deficiência. Além disso, serão promovidos o esporte escolar e a integração da política de esporte com as demais políticas públicas, o que inclui o apoio aos municípios na criação de espaços livres para prática espontânea de esporte pela população.

Ambos planos de governo destacaram realizações passadas e trazem agenda focada no desenvolvimento do desporto.

Agora, cabe ao eleitor amante do esporte escolher o caminho que entende mais adequado para o desporto brasileiro.

Crédito imagem:Flicker

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